Sampa meu amor.
Te olho...
E vejo que não dormes
E sequer tens olheiras, minha doce sonâmbula
Vejo-te dançar,
Enxergo teu medo,
Sinto a tua repulsa,
Percebo teu amor,
E... entro em tua alma...
A noite lhe ilumina com seus tecidos abrilhantado
E a veste lhe torna rainha
A vagar por entre os "eus"
Somos uma...Enquanto há Lua no céu
Dançamos no calçadão da Paulista
Tomamos um vinho qualquer na Henrrique Schaumann
E bêbadas saimos pela Teodoro
Brincando com as esquinas, seguimos...
Com as pessoas, levando-as para bailar
Dando asas aos passáros multilados
Vozes aos cantos silenciosos
Vida aos seus mortos de medo
Fazendo milagres que só a noite é capáz
Até vir o sol e seu exército.
Então fecharemos os olhos
...e continuaremos à ver estrelas...
Enquanto do lado de fora de nossas retinas brilha o sol.