A menina Tula
Na casa do Moacyr, teve baile da primavera, grande acontecimento,
Convidei Tula, para ser minha dama neste evento.
Ela havia terminado o noivado com Miguel Sanches,
E sem ninguém no momento,achei que era minha chance.
Tula toda maqueada, bem produzida e terninho vermelho,
Eu menino Jovem Guarda, minha boca de sino no espêlho.
A casa toda arrumada, prometia uma grande noitada,
Na sala nós dançando e crescia o ôlho da moçada.
Passado uns dias, e eu quiz Tula namorar,
Ela sem resenha, também quiz comigo ficar.
Seu Afonso, nos cedeu um preto tapetinho,
E alí para sempre, foi o nosso belo ninho.
Um dia fui a casa do Arlindo, pedir Tula e sua mão,
Peludo jantava na sala e comia arroz com feijão.
Foi uma noite memorável, namorar Tula na sala,
No jardim havia um banco, e era um gostoso rala-rala.
Namoramos cinco anos, com muito carinho,
Mas Deus deu outro rumo para meu caminho.
Hoje Tula é uma bela senhora casada,
E feliz, e cuida do marido e da molecada.