Homenagem à Ivonete de Oliveira, a Ivonete Furacão

Homenagem à Ivonete de Oliveira, a Ivonete Furacão...

Seria delírio se a minha sobriedade não corroborasse com a minha lucidez.

Seria muita impavidez, ou seria apenas precaução como forma de proteção?

Os cobardes nunca saberão o que há do outro lado do vale. Para além do que os olhos vêem só alcançam quem sabe o que é intrepidez.

Melhorar, sempre; estagnar, nunca; jamais espaço para o talvez.

Meus horizontes nunca mais foram os mesmos depois que abdiquei do meu eu e entrei no mundo dos desconhecidos, ignorados, execrados e excluídos.

A prédica é imutável, desde que me entendo por gente, e aprendi que ser gente é tratar a todos como gente. Da cavalgada da hipocrisia, passo largo com meu alazão, alado unicorne que disforme da compreensão da minoria, me põe em conexão e na mesma frequência da maioria.

Maioria que luta, que sofre, que arregaça as mangas e insiste, mas nunca conhece a palavra desistência. Toalha branca? Só é jogada depois de enxugar o suor do rosto e de me colocar de pé para o próximo round.

Sou forte, mesmo quando não conto com a sorte.

Não sou fisicamente eterna, mas não sou subalterna das limitações impostas pelo passar dos anos.

Tal como a fênix, depois de cada hibernação mal interpretada, ressurjo com a alma renovada.

Não consigo contemplar o fim da caminhada, apenas uma jornada, que me faz repousar e relaxar para o renovo do descanso, mas despertar com esperanças e expectativas de que cada dia será melhor que o anterior.

Desistência é para os fracos, por isso mesmo ainda que desfiram contra mim os mais baixos golpes, mostro em pouco tempo ou quase instantâneamente como é que se resolve.

Um suspiro, um olhar penetrante, e prossigo para um alvo que por vezes fala, e se paro pra ouvir, o que ouço é avante!

Lael Santos
Enviado por Lael Santos em 10/01/2020
Reeditado em 23/09/2022
Código do texto: T6838471
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