Poema à bananeira

Esticada no cume,

a bananeira reclama do Arcadismo:

bucólica também sou!,

vê minha tez?;

as paineiras tu vês!;

até o pintassilgo a voz!

Que me note ao menos um soneto extraviado!,

caído do Monte Parnaso

com bananeiras fechando o terceto final;

"Gran finale!" Árcade-Parnaso!

Há de haver um poema em que reinassem bananeiras;

todas divinas!,

como eu.

Nem que fosse à meia luz.