Capital morena

Capital morena

Hoje é preciso falar

Como um poema que chega

Do rio mar Macapá

Ao forte de pedras negras

No ritmo dessa morena

Bailando a saia no espaço

Nas batidas do tambor

Nos cantos de marabaixo.

Em Macapá eu me acho

Sonhando ao curiaú

No verde dos alagados

Refletindo o céu azul.

Céu que a tardinha incendeia

Chamas de fogo ao poente

No horizonte onde passam

Navios cheios de gente.

Macapá de ventos doces

Nuvens que mudam no céu

Hoje é o seu aniversário

Tiro também meu chapéu

Pra essa capital morena

Mãe de seus filhos guerreiros

Que construíram histórias

De um Brasil brasileiro.

Francisco Cavalcante