A TRÍADE CONTRA A TORTURA E PELOS DIREITOS HUMANOS

OS 100 ANOS DA LUTA DE DOM EVARISTO ARNS

Dom Paulo Evaristo Arns foi ordenado padre em 1940. Profundo conhecedor da teologia, o clérigo dominava com grande habilidade as línguas clássicas, grego e o latim. No centenário do seu nascimento é homenageado hoje pelo Senado. Dom Evaristo tornou-se símbolo da luta contra a tortura e atrocidades praticadas pelos agentes da Ditadura Militar durante o regime que se instalou no Brasil, no período de 1964 até 1985. Os militares passaram a se revesarem no poder após o golpe de 64, que impediu João Goulart de assumir a Presidência da República. Jango, como era carinhosamente, assim chamado, pelos seus apoiadores, pela Constituição Federal, ele, que era o Vice-presidente, elito pelo povo, ocuparia o cargo de Presidente no lugar de Jânio Quadros que havia renunciado. As elites, que nunca apoiaram quaisquer proposta de reformas mais profundas na sociedade, na economia e na política, estavam preocupadas com as propostas de Jango. Ele havia dito que faria as Reformas de Bases: educação; saude; habitação; ocupação da terra, e a palavra mais odiada pelos latifundiários Reforma Agrária e Reforma Urbana arrepiavam a nuca dos bem nascidos. A classe média que sonha em ser rica (O que nubmnca cai acontecer) juntamente com setores mais conservadores de seguimentos religiosos macuminados com empresários poderosos e manipulados pela força da propaganda antirrevolucionaria e reacionária decidiram pressionar os figurões do das Forças Armadas e os generais militares ligados à essas elites, decidiram dar o golpe em 31 de Março de 1964, assim, o auto comando das três forças decidiu que uma Junta Militar assumiria o controle político do pais provisoriamente até que novas eleições fossem convocadas. Acontece que os fardadinhos esqueceram a ética de não estarem a serviço de nenhum governo ou ideologia, e tomaram partido contra uma suposta ameaça "comunista" que na verdade não existia. Jango jamais teria feito uma proposta comunista, o que ele propunha eram as reformas que levariam o desenvvimento justo de um pais muito desigual. O juramento de proteger a nação e de não estarem a serviço de um governo,ideologia e partidos (para não aparelhar as instituições das Forças Armadas ao Estado, porque, essas instituições, não são órgãos de governo, e estariam a serviço da nação sem vínculo partidário e ideologico), o que fizeram essas instituições? Rasgaram a Constituição Federal e com base na Lei de Seguranca Nacional deram o gopllpe, e o que era pra ser provisorio birou um pesadelo. Os fardados adoraram a ideia de controlar e ocupar o poder politico-admonistrativo do pais. Eles ficaram, mandaram chumbo em TRABALHADORES, estudantes, artistas, professores, manifestantes sonhadores e assim assumiram o controle administrativo do Brasil. Em 1970, momento mais difícil da ditadura conhecido como Anos de Chumbo" e fase mais agressiva em que militares colocavam em prática as técnicas mais absurdas de tortura respaldados pelo AI-5 (Ato Institucional nº 5), Dom Paulo Evaristo Arns é enviado para São Paulo como Arcebispo. Na época foi contra a mentira dos militares que disseram que o jornalista Vladimir Herzog, assassinado pelo DOI-Codi de São Paulo, em 25 de outubro de 1975, para onde fora levado para prestar depoimento, e de lá não saiu mais com vida o jornalista.

TRÊS HOMENS DE FÉ NA LUTA CONTRA A DITADURA: DOM EVARISTO FOI UM GUERREIRO JUNTAMENTE COM O PASTOR PRESBITERIANO JAIME WRIGTH E O RABINO SOBEL

No dia 31 de outubro daquele ano, diante de 8000 pessoas, o rabino Henry Sobel, o cardeal Dom Paulo Evaristo Arns e o pastor presbiteriano Jaime Wright celebraram na Catedral da Sé um culto ecumênico em memória do jornalista.

Lembrar aqui essas personagens e os 46 anos do assassinato de um jornalista (Vladimir Herzog) é também tentar despertar uma reflexão sobre o que representou a ditadura no Brasil. Forçai as vossas memórias quem viveu ou estudou esse período tenebroso da nossa história, para nunca mais repetir esse passado horrível, comparado ao fascismo e ao nazismo alemão, com seus campos de concentração. Se lá a tortura foi sobre judeus, aqui essas mesmas atrocidades foi contra os próprios brasileiros. Hoje vemos pessoas mais jovens e gente ligadas as elites abastadas juntamente com segmentos religiosos pedindo intervenção militar e se manifestando a favor de um presidente extremamente movido pelo preconceito, violência e ódio, e clamores para fechar o STF e até ao próprio Congresso estão sempre na grita dessa gente desajustada. Então fica aqui a homenagem feita pelos senadores a Dom Evaisto Arns para que todos possamos juntos ir contra toda e qualquer ideia de instalação de um governo autoritário no nosso país....

Viva a democracia!

ONILUAP ONABRA
Enviado por ONILUAP ONABRA em 13/09/2021
Reeditado em 26/12/2022
Código do texto: T7341305
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