Pelo Dia do Livro

No Livro, a liberdade é tomada. Por vezes, tirada.

Lugar que é permitido a alma diluir-se, e o pensamento alforrriar-se.

Nele é recebido o recado, tirada a roupa, revelando a vergonha, retirada a mordaça, estampada a ruaça.

O livro expõe, encena o futuro, narra o presente, e, também, é escrito o que no ontem ocorreu, trazendo as óticas, compartilhadas ou não.

Somente nele que é permitido o realizar na arte do uso das palavras, de dizer e não dizer, contar e não contar.

Traz o percurso do embate na guerra, ditando seu fim, impedindo novos recomeços, e o impulso incessante pela paz e a fraternidade na alma humana nos tempos.

Nele, o amor e da dor vem como ingrediente de alquimista.

Rebaixa o que é a um ponto final, e o ressuscita, podendo levar o que sempre foi ao esquecimento.

O livro, arma ou remédio, cura ou doença, praga que dissemina o caos , ou restabelece o justo e o equánime. Ainda, elixir que promove a evolução e o progresso.

Livro, escriba que reflete a mente do homem.

Márcia Maria Anaga
Enviado por Márcia Maria Anaga em 29/10/2021
Código do texto: T7374103
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.