Teatro Mágico.(Um abraço suado)

O Teatro Mágico.

Ninguém é tão grande quanto se mostra e nem tão pequeno quanto aparenta ser.

Esse personagem que a vida me deu é muito pequeno, não cabe dentro dos meus

sonhos, eu não sou só o que você vê, e também não sou só o que vejo, pois vou além

dos meus horizontes, onde o sol se põe, e como o Teatro Mágico diz: “somos raros”.

Somos únicos quando nos libertamos da mente, que mente constantemente pra gente.

Eu sou a cópia exata do que penso, não sou nada além daquilo que tento, e se me

escondo em palavras perdidas ao vento, me perco em movimentos, não vejo inteiro,

só vejo superficialmente, já não sou eu de dentro para fora, não sei mais o que fazer.

Eu sou tudo aquilo que vem de dentro de mim, sou a soma de todos meus sonhos,

sou acordar de manhã e ficar parado, ou levantar e viver a vida, correr perigo, eu sou

um pouco daquilo que faço e muito daquilo que tento. Eu sou a superfície áspera que

espera por polimento, eu sou o porto seguro dos seus sentimentos, e a mente que liberta

os seus pensamentos, despertando pela manhã os sonhos que você teve e não contou a

ninguém. Eu sou pequeno quando vivo na tua realidade, mas quando sonho recupero a

minha liberdade, como água que escorre pelas mãos

e não conseguimos segurar,

mas com o coração podemos carregar o mundo, mudar uma história,

ser um poeta sem letras,

um cantor sem notas músicais, um ator sem personagem,

só não podemos ser um palhaço sem alegria,

sem o circo, sem estar vestido e maquiado, sem a arte, sem o riso... o improviso.

A Lapa é minha casa, Mém de Sá se torna esquina com Riachuelo,

Bairro de Fátima,

e é festa o ano inteiro, e o malandro que me acompanha se diverte

nessa mistura de Rock,

Samba, Salsa e Merengue, Batuque e partido alto,

louras e morenas e cerveja gelada, e fica

registrado o Baixo Gávea agora é na Lapa, e antes que eu esqueça,

“Só enquanto eu respirar

vou me lembrar de você...” Ricardo di Paula, 21/10/07. AM 17:45.