Aos(às) mestres(as) com carinho

 

I

 

Jamais me esquecerei das aulas de Gramática

cursadas no ensino de 1º grau:

garotas e garotos variavam seu astral

diante de perguntas quase sempre problemáticas.

Sedentos acabávamos pela "solucionática"

com que o(a) mestre(a), sempre com carinho,

ia escrevendo na lousa e explicando, aos pouquinhos,

preocupado(a) que entendêssemos aquela matemática.

 

Dos mestres dessa época, lembro de Tufano,

Saconni, Cunha & Cintra, Aurélio e Houaiss
e tantos outros nomes que me vêm à mente.

Lembrá-los é reconhecê-los, e é sobre humano

o amor a suas obras, do jovem rapaz

à velha professora que ensinava à gente.

 

II

 

Mas eu saúdo não só os homens, como as mulheres

pesquisadoras de nossa inculta e bela flor do Lácio:

Soares, De Moura Neves, De Fáveri, Koch, seres

de muita luz e engenho, num caminho nada fácil,

 

como difícil também eram as aulas, já apagadas

da memória de alunos(as) de Roseli, Edson, Valdemar,

Salma, Noêmia, Lúcia e tantos outros a enumerar,

que muito ajudaram no construir de profissões variadas.

Por isso que muito me alegra quando um aluno

ou aluna reconhece aquele(a) que lhe deu um rumo,

seja explicando em livro ou ao vivo e a cores.

 

Como é bacana saber que um(a) adolescente

inspira-se, hoje, naquele(a) mestre(a), já ausente,

para erguer sua própria vida com mais empatia e valores.