MEMÓRIAS DE UMA MÃE,
PARA O PRIMEIRO FILHO SEXAGENÁRIO, ANTONIO JOSÉ
FAZER SESSENTA ANOS! COMO CELEBRAR?
GRATIDÃO SEMPRE, À VIDA, A DEUS E À FAMÍLIA!
Começara o 3º Milênio, tão esperado...!
E no final do ano de 2000, em 02 de outubro, eu, Terezinha, era uma Sexagenária. Sessenta anos de vida e novas histórias estariam chegando, novas experiências, mas eu ainda não sabia...
Minha primeira neta estava em final de gestação, no ventre da minha filha Rosa Maria, a única mulher e segunda, dos 5 filhos gerados. E ela deu à luz, à filha Gabriela, em 03 de fevereiro de 2001.
E assim nasceu a vovó Tetê!
Os outros cinco netos foram chegando: João, em 05 de outubro de 2001, filho de Augusto Manuel e Claudia;
Lucas, em 19 de dezembro de 2003, filho de Luis Carlos e Rosana;
Rafael, em 22 de agosto de 2004, filho Rosa Maria e Gerson e irmão da Gabriela;
Pedro, em 23 de novembro de 2016 e
Agatha, em 10 de maio de 2021, filhos de Augusto Manuel e Taiane.
E em 2004, chegou o endereço eletrônico: vovo.tete2001@gmail.com
Foram muitas as mudanças na minha vida após os 60 anos.
No início de 2000, voltamos a residir na Zona Norte, após 15 anos de Barra da Tijuca. E desta vez na Tijuca.
Já tínhamos residido no Méier, de 1963 a 1973. Dez anos na Amaro Cavalcanti 177, apt. 403, onde chegamos de noivos na nossa primeira residência, após o nosso casamento, em 11 de maio de 1963, e onde nasceram todos os filhos:
Antonio José, em 04/03 1964,
Rosa Maria em 14/091965,
Luis Carlos, em 29/11/1967,
Augusto Manuel, em 22/01/1970.
E o Quinto, cujo nome seria Deucyles, nome do meu pai, nasceu sem vida, com 6meses e meio de gestação, em 29/12/1971.
Moramos quase três anos na Vilela Tavares,19, de 1973 a 1975. Era uma casa de centro de terreno, com um quintal grande, onde os filhos aproveitaram o espaço para brincar ao ar livre.
Depois fomos para a rua Padre Roma, 48, apt 101, de 1976 a início de1985. Um apartamento tipo casa, no térreo, com varandinha na entrada e um quintal com árvores e estacionamento, que não podíamos usar. A rua era tranquila, sem movimento de carros, calçadas largas e muitas crianças para brincar, conversar, jogar bola, vôlei, fazer teatro, blocos de carnaval, festa junina e de natal. Ficamos neste local mágico por quase dez anos. E fomos muito felizes!...
Depois mudamos para a Barra da Tijuca, em 1985, para um apartamento, pertinho da Praia, no posto 6, da Av. Sernambetiba ou Lucio Costa, na Av. Peregrino Junior, 380, Condomínio Vivendas Marapendi, Bloco 01, Pedra Bonita, apt 501, cobertura. Em setembro do mesmo ano, fomos para a nossa casa que estava terminando de construir, na Av. das Américas, 2676, casa 99-Condomínio Jardim Nova Barra, e ficamos lá até 1997, quando a casa foi vendida e então, voltamos para o apartamento sendo que, eu e o esposo, já estávamos morando, sozinhos, desde janeiro 1990, seis meses antes de me aposentar da Caixa Econômica, em 27 de junho de 1990. E os filhos ficaram na casa, para uma experiência de aprenderem a conviver, com liberdade e responsabilidade, dentro do possível. O filho mais velho, já estava independente deste 1986, quando foi morar por conta própria, deixando o coração desta mãe muito inquieto.
O apartamento da Peregrino Junior como era uma cobertura e o 2º andar todo aberto, com apenas uma saleta e um banheiro, foi preciso fazer uma obra para acolher o filho Luis, porque os outros dois filhos, Rosa e Augusto, aproveitaram o momento e se casaram. A obra foi também para valorizar o imóvel, numa futura venda, já prevista pelo esposo.
Dois anos depois, em 1999, vendemos o apartamento e em 2000 voltamos a residir na Zona Norte, desta vez na Tijuca, no prédio onde moravam minha sogra, D. Maria da Luz, sua filha Lourdes e seu filho e meu sobrinho, Victor Manuel, já com quase 15 anos. Estávamos agora, na rua Conselheiro Zenha, 19, apt 501. O prédio fica na esquina com a rua Conde de Bonfim. Ao lado da Farmácia Homeopática DeFaria. E do outro lado da rua Conselheiro Zenha, um Super Mercado e do outro lado da Conde de Bonfim, o Horti Fruti e o Consultório do Dr Giulio Roppa, nosso médico homeopata, há muitos anos.
A Lourdes para me animar de tantas perdas, dizia: Você vai ficar pertinho da farmácia que você gosta e do seu médico. Você vai gostar de sua nova casa, estamos todos juntos...
Confesso que, nos quinze anos de Barra, não consegui gostar muito do lugar, apenas do meu trabalho na Paróquia São Francisco de Paula, onde desenvolvi uma experiência grande de Comunidade. Custei muito para me adaptar, longe da família, não dirigindo e sem gostar de praia, mas como somos seres inteligentes, a adaptação é o caminho mais fácil para sermos felizes.
Mas a Lourdes se esqueceu de citar o lado bom da Barra, na sua análise, a meu ver. Foram quinze anos do silêncio dos Condomínios, da distância de tudo, da Comunidade de são Francisco de Paula, da qual fui coordenadora 10 anos da Pastoral da Catequese e da beleza da natureza pródiga e majestosa! A Barra nos traz a sensação de que estamos sempre de férias. Isto naquela época, hoje está muito diferente...
Chegando à Tijuca, eu estranhei tudo, especialmente, o barulho do transito, cujo sinal era em frente à janela do nosso quarto e a agitação da Praça Saenz Peña, local já meu conhecido, tendo em vista haver trabalhado na Agência Saens Peña da Caixa, durante 5 anos, como Gerente de Núcleo, antes de ser transferida para a Agência Barra da Tijuca, inaugurada em 1985, ano que mudamos para o novo bairro que nascia e crescia.
Como eu precisava passar o trabalho da Coordenação da Catequese para a minha substituta, a Catequista Mercedes, eu continuei trabalhando no ano de 2000 com a turma de catequese, Núcleo Santa Mônica, cujas crianças iriam fazer a 1ª comunhão em abril de 2001. Duas vezes por semana eu ia para Barra: uma para o Colégio Santa Mônica, como catequista, e no sábado, como Coordenadora, porque a maioria dos Encontros de Catequese eram no sábado, inclusive a Missa das crianças, às 17 h, que havia sido criada por mim. Final feliz!!!
Voltando ao Colégio Santa Mônica: sentia-me como uma Missionária evangelizando crianças no Colégio Santa Mônica. A turma era grande, muitas já quase adolescentes. O nosso horário era no final da tarde, com os catequizandos já cansados das tarefas escolares. E o ambiente continuava o escolar. Nada fácil... Mas “Ele” me revelou anos depois, numa visita à Feira Bíblica, que aconteceu durante vinte anos, na Paróquia São Francisco de Paula OM, sempre no mês de setembro e criada na minha gestão, que o menino Salomão do Santa Mônica e meu catequizando da última turma, cresceu e como jovem já ajudava a coordenar a pastoral da Crisma na Comunidade e era responsável pela barraca da Crisma na Feira Bíblica. Fiquei muito feliz com esta boa notícia! E, já há alguns anos, ele ajuda as crianças da Sal da Terra, na Campanha de Natal dos Uniformes.
No início de 2002, incomodada de pagar um aluguel, cujo imóvel não tinha nada a ver conosco, resolvi procurar um apartamento simples para comprar e o encontramos próximo à Comunidade do Salgueiro, cujo valor, com a ajuda de um empréstimo feito à cunhada Lourdes para complementar, pudemos fechar a compra. O casal vendedor era uma Médica Pneumologista e um Oftalmologista credenciado do Saúde Caixa. E após uma pequena obra, nos mudamos. Este imóvel é o que estamos até hoje. Ele fica na rua General Roca, 176, apt 403, Condomínio Saint Paul. Ele é de fundos, silencioso, o sol é pela manhã. No inverno o sol vai até à porta da entrada e no verão fica somente na varanda. Contemplamos o Sol e a Lua nascerem. Na madrugada vejo alguns planetas. Tem uma varandinha com muitas flores, principalmente Rosas que eu gosto muito. E o prédio não tem escadas. Na vida nada é perfeito e no momento o principal desconforto é que ele não tem porteiro. E isso faz falta nos dias de hoje.
Continuando a história de Terezinha Sexagenária. Na paróquia São Francisco de Paula-Ordem dos Mínimos, ela encerrou sua experiência de Catequista de 1ª Eucaristia, com a mudança de residência, mas nunca deixou de participar da Paróquia, ajudando na coordenação das Romarias a Aparecida, ao longo de 20 anos. Confesso que é onde meu coração está.
Após deixar a Paróquia em abril de 2001, Terezinha foi convidada por Maria Lucy Gameleira, para participar da diretoria da Catequese Especial do Rio de Janeiro que funcionava na Paróquia Santo Afonso. Fiquei alguns meses, E, no final do ano de 2001, fui convidada pelo Ramon Reis e pelo Padre Sergio da Paróquia Santo Afonso CSsR, para coordenar a pastoral dos Coroinhas e Acólitos que se encontrava acéfala, já há alguns meses. Eu aceitei e foi uma grande e difícil experiência. Eram 42 crianças, adolescentes e jovens do sexo masculino. Fizemos muitas mudanças: as meninas começaram a participar, aqueles com deficiências especiais indicados pela coordenação da Catequese, também, poderiam servir no altar. E a batizamos de ECASA, Equipe Coroinhas e Acólitos Santo Afonso, e nós, eu e Ramon ficamos durante cinco anos, de 2002 a 2006, neste trabalho de formação, com cursos, teatro, retiros, celebrações, muita oração e liturgia.
Em 2002 e 2003, a Ação Comunitária Sal da Terra, hoje, com 39 anos e que administra duas Creches no Complexo do Lins de Vasconcelos: Chameguinho e Ternurinha, com 110 crianças ao todo, me convidou para trabalhar no “ Projeto Maternidade Saudável” da Visão Mundial, na Paróquia São Tiago Apóstolo. Este Projeto era para cuidar de gestantes carentes. Cada grupo ficava conosco durante um ano. Eu ficava na parte de Evangelização e os Encontros foram criados por mim.
Em 2003, tendo em vista minha experiência, fui convidada pelo Padre Gustavo para ajudar no Amparo Maternal, uma Casa no bairro de Benfica, dirigida pela Mitra e sob a responsabilidade do Assistente Social, Marcio Afonso de Carvalho Azevedo. Hoje ela está completando 20 anos de serviços sociais e educativos prestados. O seu objetivo é acolher gestantes carentes, especialmente da Mangueira e das Comunidades próximas. Eram quatro grupos por ano, cada um ficava conosco por 2 meses e pouco (de 8 a 10 encontros), e no final havia a celebração da Missa pelo Padre Gustavo, uma festa de encerramento, com entrega do enxoval para as crianças e um almoço bem gostoso. Eu, sempre, preparava com elas, um jogral ou teatro ou outra dinâmica para este momento lindo. Os encontros de Evangelização foram criados por mim, numa experiência muito profunda. Agradeço a Deus por este projeto que eu pude participar, embora nunca acreditasse, que eu pudesse fazê-lo. Tudo pura Graça do Deus da vida! Fiquei neste trabalho até o final de 2008, quando tive um problema de saúde e o médico me pediu que ficasse apenas com um trabalho voluntário e eu escolhi a Sal da Terra que já estava participando desde o final de 2007 e graças a Deus estou até hoje. São 17 anos na Diretoria da Sal da Terra e meu esposo no Conselho Fiscal! Viva a Sal da Terra!!!
Desde 1977 até hoje, estou sempre, sem interrupção, em trabalhos sociais voluntários. Antes destes que estou relatando, após os meus 60 anos de vida celebrados em 2000, eu sempre fui Catequista de Primeira Eucaristia. Então, 24 anos de catequista de 1ª Eucaristia e mais 24 de Evangelização, ao todo tenho 48 anos de Serviço Social e Religioso. Em 2026, completo 50 anos de Serviço Voluntário, ininterruptos. É preciso preparar esta celebração de vida!
Neste momento, muito importante da minha vida, faço uma oração ao Deus da Vida que nos abençoe, nos ilumine, nos dando discernimento, para resolver as dificuldades e desafios que a vida nos apresenta ao longo do Caminho, porque como Seres Humanos, ainda imperfeitos, mas “a caminho”, percebemos momentos que foram mais difíceis, mas tudo isto é normal, acontece com todos nós, filhos amados de Deus que cuida sempre de nós!
O motivo deste texto é uma homenagem a você, meu filho primogênito que nasceu em 04 de março de 1964 e por isso na próxima, segunda feira, fará 60 anos.
E esta reflexão ficou sendo a minha homenagem, minha mensagem de alegria, de esperança e de amor, para você e por você, Antonio José, o nosso Zé.
Estas são as minhas memórias, do que me aconteceu depois dos meus 60 anos. De todos os SIM que eu disse aos convites, aos chamados para novos trabalhos e que me animaram, não me permitindo, não deixando espaço, para ficar lembrando do passado, mas olhando, acreditando e vivendo um futuro lindo e muito feliz!
Pela minha experiência, quero lhe dizer que, enquanto vivermos, digamos “SIM”
à Vida, à construção e ao Amor. Porque
é caminhando que se aprende,
é caminhando que se constrói,
é caminhando que se é feliz!
PARABÉNS PARA VOCÊ, MEU FILHO E PROFESSOR DE FÍSICA, ANTONIO JOSÉ DOMINGUES, POR SUA VIDA DE AMOR À EDUCAÇÃO E AOS SEUS ALUNOS!
Terezinha Domingues, sua mãe que o ama muito!
Em, 28 de fevereiro de 2024
Em adendo: Houve um curso de 2 anos, que fiz no Centro Loyola de Fé e Cultura, que me ajudou muito no desenvolvimento destes últimos trabalhos. O curso foi realizado em 2002 e 2003 e foi preparado pela Professora Rosemary. O nome do curso é:
“ENCONTROS DE EVANGELIZAÇÃO E PEDAGOGIA DA FÉ – Por uma Pedagogia do Mistério”
OBRIGADA SENHOR POR TUDO!!!