ANTIGOS E GRANDES AMIGOS

Essa noite sonhei com dois antigos e grandes amigos.

Minha dileta amiga Teresa Mendes e seu amável noivo Raul Caruso.

Alegres e gentis companheiros de minha juventude. Com eles muito me diverti e passeei. Na época de muito trabalho, estudos e pouca grana sempre pude contar com o carinho e a benevolência deles. Fosse para uma simples carona, o empréstimo de uma roupa adequada para determinadas ocasiões.

Os dois sempre foram presença certa nos momentos de dor ou de alegria!

Quantos filmes e espetáculos assisti às expensas desses generosos amigos que jamais me esqueciam quando aos fins de semana quando programavam seus passeios. Passavam em casa e só saiam comigo.

Lógico que tornaram amigos de toda a minha família, assim como eu me tornei amiga de toda a família da Tereza, éramos íntimas não tínhamos segredos.

Talvez tivesse com ela mais afinidade de que com minhas irmãs. Nunca brigamos.

Quando mais tarde a situação melhorou continuamos as mesmas. O que era de uma estava nas mãos da outra no momento em que precisasse.

Sempre gostei muito de D. Carmela mãe de Tereza e, também, de suas irmãs.

Creio que fui ao casamento de todas elas, menos da Tereza sempre noiva do apaixonado Raul, meu caro amigo que tocava violão divinamente e cantava lindamente canções italianas.

Imitava com perfeição o famoso Vicente Celestino. Todas às vezes em que eu ouvir a música Ébrio lembrar-me-ei com saudades dos meus amigos Raul Caruso e Teresa Mendes.

Gostaria tanto de reencontrá-los! De saber onde e como estão.

Quando me mudei para Brasília me senti muito só, passei por muitos perrengues. Até entrei em depressão e fui protelando para comunicar-lhes minha mudança, dar-lhes o meu novo endereço, queria poder recebê-los em minha casa com todas as honras que merecem. Quando fui procurá-los não os encontrei. Haviam mudado de endereço e telefone. Procurei no catálogo telefônico de São Paulo mais foi inútil.

Meus queridos e saudosos amigos saibam que os amo muito, que estou morando em Brasília há vinte anos e estou casada há dezessete anos com Fernando José, meu querido companheiro de todas as horas. Não temos filhos. Estou aposentada.

Seria maravilhoso se pudessem conhecê-lo, se nos víssemos novamente!

Saibam que nunca os esqueci e jamais os esquecerei.

Quando se fala em amigos imediatamente revejo os seus semblantes.

Não sei seus endereços, fones ou e-mail, mas sei que estão dentro do meu coração, aliás, como sempre estiveram e estarão, hoje e sempre.

Ana Aparecida Ottoni

Ana Aparecida Ottoni
Enviado por Ana Aparecida Ottoni em 24/03/2008
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