Simplesmente PAI

Por favor, gostaria que lesse até o fim...

Trata-se de um homem que eu iria homenagear aqui no Recanto das Letras...

Até comecei a escrever há algum tempo atrás...Mas parei, pois não conseguia encontrar palavras ou meios de dizer como essa pessoa era especial pra mim. Poderia dizer que ele era meu herói, meu defensor, e muitas outras coisas. Tudo isso ainda não iria dizer o que realmente eu tinha como sentimento em meu coração por ele. Esse homem tinha 71 anos de idade e hoje eu encontro a maneira certa de dizer tudo aquilo que queria numa simples palavra. Essa palavra é “PAI”...

Meu pai não foi um artista ou político famoso, (embora tivesse aparecido na TV em certa ocasião por ganhar num concurso). Ele viveu no anonimato, como quase todos nós...

Trabalhou, sonhou, dançou (era um verdadeiro pé de valsa), brincou, fez pescarias, teve bronquite, pressão alta, criava passarinhos, tinha cachorrinhos, gostava de plantar, ficou com um gol branco por muitos anos e assim por diante...tinha mais ou menos 1,80M de altura, cabelos brancos, barrigudo de pernas finas...uma figura...o apelido o qual era chamado pelos seus 9 irmãos (4 homens 5 mulheres) era TIC. Seu pai chamava-se Euzébio e sua mãe Maria.

Na vida cometeu erros, mas também muitos acertos.

Foi um homem que passou parte de sua vida trabalhando em agricultura e depois vindo para a cidade trabalhou numa empresa por 27 anos. Em seu currículum não encontraremos faculdades cursadas nem altos cargos...mas com certeza aprendeu muito da vida, na prática, que lhe deu capacidade para vencer.

Como disse, queria fazer-lhe uma homenagem no recanto, mas não deu tempo...ele se foi dia 15/03/2008, vítima de um tombo.

Sei que ele não vai ler esse texto nem mesmo ter conhecimento dele... Mas gostaria que as pessoas pudessem conhecê-lo mesmo que seja por esse pequeno espaço que a tecnologia nos dá e saber que existiu na face da terra um homem chamado EDWIL MORINI que embora vivesse no anonimato, foi muito importante para sua esposa Nilva, seus filhos Edson, Márcia e Vanderlei.

Era um homem bom, que viveu seus últimos cinco anos cuidando de seu filho caçula que

fora atropelado e ficou totalmente dependente. Com certeza viveu planamente, tendo alegrias e tristezas...

Prezados amigos, não me levem a mal. Não quero fazer desse espaço uma oportunidade para tristeza, mas sim, uma oportunidade para que outras pessoas possam conhecer mesmo que, dessa forma, esse ser humano maravilhoso que foi meu PAI.

Muito obrigado.