O mais semelhante entre os diversos

Monges apreciam a solidão - sim, mas será para se purificar do mundo vil ou para preservar o mundo de sua própria maldade? Uma suave discrição sustenta-lhes a força, que se mantém em meio à mais vulnerável fragilidade - aquela beleza cristalina que reluz no âmago do ser. Tomás Merton foi um deles. Monge cristão entre monges budistas, o ser diferente mais semelhante aos diversos descreveu o lâmpejo que lhe iluminou a visão:

"Foi como se eu enxergasse de repente a beleza secreta de seus corações, o âmago de seus corações, onde nem o pecado nem as experiências conseguem atingir a essência de sua realidade, a pessoa tal como Deus vê. Se pudéssemos nos ver como realmente somos não haveria mais necessidade de ódios nem de guerras, crueldade ou cobiça. Tudo o que teríamos que fazer seria nos rendermos e venerarmos uns aos outros."