O Fogo Eterno

Um dia, acordei inspirado. Queria fazer algo diferente, que não fizesse as pessoas rirem, e sim refletir sobre a nossa sociedade. Mas uma reflexão através de uma história diferente, EXAGERADA ao extremo, mas que apontasse os defeitos da nossa sociedade - algo como o "Teatro do Absurdo" fez no século XX, embora eu não tenha as mínimas pretensões de inaugurar um novo gênero literário. Isso muitos já fizeram - quero apenas fazer minha graça em cima do que acho que merece ser ridicularizado - mesmo que a sociedade ache que sou um louco sem mais nada para fazer. Apenas não entendem o meu jeito de ser.

Então, deliciem-se com minha primeira história - "O Fogo Eterno":

Faltou luz em um bairro. Um homem pegou uma vela para iluminar sua casa. Acendeu-a. O piso de seu lar era de madeira. Ele tropeçou. A chama da vela, em contato com a madeira, se espalhou. A casa pegou fogo. Logo em seguida, a casa do vizinho também estava em chamas, e, passados alguns minutos, não só a rua, mas o bairro inteiro, estava em chamas. Enquanto as pessoas, ou dormiam, ou viam televisão, o fogo ia se alastrando. E ninguém percebia. Ninguém, nem mesmo os bombeiros. A cidade ardia na fogueira, e o fogo se espalhou pelo estado, depois para o país inteiro, e todos concentrados na Internet, na TV, dormindo...

Depois de uma semana, o planeta inteiro tinha sido pego pela fogueira e, mais quente que o sol, a Terra explodiu, e todos o universo, vendo a Terra explodir, resolveu voluntariamente se explodir. Depois de toda a matéria espacial ter explodido e o NADA voltar a ser a única coisa que sobrava, ponto final na história. Tudo porque um homem tropeçou com uma vela acesa em sua casa.

Felmaqui
Enviado por Felmaqui em 12/07/2008
Reeditado em 14/07/2008
Código do texto: T1077514
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