A datilógrafa

Em 1975, eu era gerente de agência de um banco estadual. Um dia, o Diretor-Geral telefonou-me:

- Antonio, tem uma gatinha aí, apadrinhada de um figurão local, que foi nomeada como escriturária. Bota a moça aí como datilógrafa e vamos ver o que ela sabe.

Recebi a moça – um avião, diga-se de passagem – dei-lhe algumas instruções sobre as tarefas que iria desempenhar e, finalmente, passei-lhe uma série de ofícios para ela datilografar.

Depois de alguns minutos, observei que ela estava parada, examinando o teclado da máquina com um ar preocupado:

- Qual é o problema, minha linda?

- Seu Antonio, que coisa, acho que esta máquina tem defeito.

- Defeito, como?

- Olhe só: tenho que datilografar a palavra “cooperativa”. Mas não encontro a tecla dos dois “o”. Não é defeito da máquina, seu Antonio?

Santiago Cabral
Enviado por Santiago Cabral em 30/11/2008
Reeditado em 08/12/2008
Código do texto: T1311379
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