O POLITICO ARREPENDIDO, O PADRE E A PROSTITUTA
Aquele velho e desonesto político sentindo o peso dos anos, estava arrependido de sua vida de bandalheiras (existe político arrependido?) e resolveu se confessar. Procurou o padre de sua paróquia e disse:
-Padre, durante toda minha vida de político, fiz todo tipo de falcatrua. Desviei dinheiro de construção de orfanatos, asilos, aceitei propinas, soneguei impostos, e embora já fosse rico quando entrei na política, sempre quis mais e mais, agora milionário, estou arrependido...
O padre ouvia tudo calado, e pensou, pensou e finalmente disse:
-Para que eu possa perdoá-lo meu filho, você terá que doar a metade do que possui, para obras de caridade.
O político arregalou os olhos, era uma fábula de dinheiro!
-Metade? tá doido padre!
-Se não fizer isso, não posso perdoá-lo em nome de Deus, seu apego ao dinheiro não lhe abrirá as portas do Céu...
O cidadão ficou contrariado, mas estava mesmo querendo ser perdoado. Disse ao padre:
-Mas padre, até eu apurar tudo que tenho, vai demorar muito, não sei se vou viver tanto...Eu quero resolver isso o mais breve possível.
O padre pensou mais um pouco e disse:
-Está bem, enquanto você faz um levantamento de tudo que arrecadou ilicitamente, você vai fazer o seguinte: a primeira pessoa que você encontrar, você vai dar a ela uma nota de cinquenta reais, essa pessoa representará o povo trabalhador que você surrupiou o dinheiro...
O politico saiu um pouco aliviado. Daria simbolicamente a nota de 50 reais a primeira pessoa que encontrasse.
Andou um pouco, já estava escurecendo, a primeira pessoa que viu foi uma mulher debaixo de um poste. Aproximou-se dela e meteu a mão na carteira e tirou uma nota de cinquenta e ofereceu à mulher. Ela disse:
-Vem não Neném, são 100 reais!
Ele retrucou:
-Mas o padre falou que era só 50...
Ela respondeu na bucha:
-Ah, mas o padre é freguês velho, para freguês novato são 100...
* * *