TIMIDEZ É A BOLA DA VEZ

"Olhava sempre para as costas do espelho."

"Nunca olhava nos olhos... Talvez fosse míope de alma."

"Nunca falava em público, mas era o maior cantor de banheiro."

"Gaguejava e tremiam-lhe as pernas. Discursos? Só por escrito."

"Tímido mesmo é aquele que mata a cobra mas não mostra o pau."

"Tímido é o indivíduo que sua frio. Seja em Mossoró ou em Valadares."

"Tímido é aquele sujeito que, ao contemplar a mulher dos seus sonhos, transforma-os em pesadelos na hora de se declarar."

"Tímido? Apenas na hora de sacar a carteira para pagar a conta do restaurante..."

"Tímido, mas só até o segundo drinque. Depois..."

"Tão tímido que se escondia de si mesmo."

"Por trás de toda aquele timidez, sabe-se lá quantos precipícios de sem-vergonhice ocultos..."

"Timidez é uma doença antônima da outra que se chama cara-de-pau."

"Alguns são tímidos. Outros, temidos."

"Transava só de luz apagada. Timidez? Não, economia."

(frases originais de José de Castro, inéditas)

José de Castro
Enviado por José de Castro em 12/08/2009
Reeditado em 08/02/2012
Código do texto: T1749629
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