O CAIPIRA, O CELULAR E OS CACHORROS

O vaqueiro Quinzinho estava "intimando" ganhara de presente um telefone celular. Lá na sua roça para conseguir falar nele tinha que subir em um morro, o único lugar que dava sinal. Parecia uma criança que ganhara um brinquedo novo, volta e meia estava ligando para algum amigo, só para "tirar onda". Todas vezes que passava na porteira de um de seus vizinhos, era atacado por dois enormes cães de fila. Ele procurou seu vizinho e reclamou:

-Antonte, eu passei lá campiano dois garrutinho disgarrado e seus cachorro freveu nimim, a minha sorte é que eu tava cum minha vara de tocá gado e eu dei umas ferruada neles e eles disacursuaro. Otra veis que eles avançá nimim, eu vô carcá chumbo neles. O vizinho prometeu que iria acorrentar os cachorros. Daí em diante ele não se separou de uma garrucha 380 de dois canos. Era o celular em um bolso e a garrucha no outro.

Uma tarde Quinzinho vinha passando pela estrada quando chegou perto da porteira e viu os dois cães dormindo. Passou pé ante pé, perto deles para não acordá-los. Nesse momento o telefone tocou. A campainha do telefone era escandalosa, parecia um despertador.

Quinzinho assustado levou a mão ao bolso para atender o telefone e ele parar de tocar. Nesse momento os cachorros acordaram e vieram babando para o seu lado. Ele sacou da garrucha, já armando-a. E apavorado, apontou o celular para os cachorros e enfiou o cano da garrucha no ouvido...

Ouça o programa "Quinzinho Show" acessando www.atividade.fm. br aos sábados das 11:00 as 13:00.

* * *