TESTEMUNHA OCULAR

Homem de poucas palavras

Um cidadão comum,

Pacato, simples, benfeitor

Um grande trabalhador...

Este homem tem um vizinho

Que é também seu compadre

Que armou um romance

Com a mulher que mora ao lado

Esse homem aconselhou

Compadre, não faça isso

Essa mulher é um terror

Passa todos os homens no bico

.

Acontece que seu vizinho

No compadre não acreditou

E com a mulher se enrolou

Na beira daquele mato

Aquele homem pacato

Que sabia de toda a história

Foi buscar lenha no mato

Sua cara veio ao chão

Vendo os dois agarrados

Agora anda assustado

Testemunha ocular ele é

Imagina a situação

Vive na solidão

A procura de solução anda só

Coitado... Dele ninguém tem dó!

Não quer saber de prosa

Do compadre ele quer folga

Da mulher quer distância

Da traição nenhuma prova...

... Mas se pegar os dois... Ele esfola!