A PATROA, O PATRÃO FOGOSO E A EMPREGADA

Eu tinha um colega de ginásio, chamado João Silveira, que por ser muito pra frente e fogoso recebeu o apelido de João Sanhaço. João casou-se e um dia encontrei-me com ele na rua e conversando, perguntei pelo casamento. Ele respondeu que ia tudo as mil maravilhas, mulher quente, nunca dizia não, estava sempre disposta, não tinha dor de cabeça, tabelas, nada, era "todo santo dia" dizia ele.

Eu brincando disse a ele:

-Na sua casa tem sexo todo santo dia?

-É, todo santo dia!

Eu rindo disse a ele:

-Pois lá em casa é só nos dias santos!

Após certo tempo, a mulher engravidou. E com isso o "fogo" foi se arrefecendo. Quando ela deu a luz, por parto normal, o neném era um "bezerrão". Encontrei-me com ele para lhe dar os parabéns, ele reclamou:

-Ih, a mulher teve que fazer o tal de perímetro e vou ter que passar vários dias sem mexer no doce...

-Perineo, corrigi.

Ele arrumou uma empregada para os serviços da casa enquanto a mulher se reestabelecia. O tempo foi passando e ele em matéria de sexo, estava mais atrasado do que avião comercial. Ele reparou que a empregada era "ajeitadinha" e começou a arrastar a asa para o seu lado: ora uma piadinha, uma gracinha, ora uma esbarradinha e ela aceitando. Um dia ele na cozinha deu uma esbarrada nela e ajuntou seus trapos, beijando seu pescoço sua orelha e ela correspondeu.

Nesse momento sua mulher que havia se levantado para buscar a mamadeira pegou os dois com a boca na botija. Ela gritou irritada:

-Bunito, heim seu João Sanhaço!

Ele na maior cara de pau respondeu ainda grudado na empregada:

-Oia, bunito num sei se tá, agora, bão, tá dimais...

* * *

HERCULANO VANDERLI DE SOUSA
Enviado por HERCULANO VANDERLI DE SOUSA em 03/11/2009
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