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UMA CONVERSA NO PAÍS DA FANTASIA.
 
C P – Alô, companheiro baiano você é sempre tão fino, tão elegante, mas foi, no mínimo, muito grosseiro e mal educado quando me chamou de analfabeto, mesmo assim garanto que o tombo de hoje não foi culpa minha. Você me conhece e sabe que não sou vingativo.

C B – meu irmão, não sou e nem quero ser seu dono, mas juntando o antes o agora e o depois chego a conclusão que tudo que você fala é da boca pra fora

C P – calma companheiro, não quero brigar, só quero que fique bem claro que nada sei sobre seu tombo, mesmo achando que me chamar de analfabeto é uma grande injustiça do companheiro; sou alfabetizado e formado pela escola da vida e por uma das mais respeitadas escolas profissionais deste país – O SENAI, além de ser um autodidata ...

C B – companheiro, você bem que podia me perdoar, afinal nesse desespero em que me vejo já cheguei a tal ponto de cair, mais de uma vez, do palco e tem mais, é verdade, eu não minto

C P – companheiro você não pode sair por ai dizendo que não sei falar; logo você que tantas vezes me chamou de líder, gritou meu nome com tanto entusiasmo que cheguei a acreditar que era verdade. Vocês, intelectuais da esquerda– antes que eu me esqueça, qual foi mesmo a faculdade que você cursou? Seu doutorado é em que mesmo? -, achavam chique dizer que apoiavam o Lula. Fui usado como escudo por muito tempo. Agora que está na moda falar mal de mim

C B – Me larga, não enche você não entende nada e eu não vou te fazer entender me encara de frente: é que você nunca quis ver, não vai querer, não quer ver meu lado, meu jeito o que eu herdei de minha gente e nunca posso perder me larga, não enche me deixa viver...

C P – vamos com calma companheiro, não é bem assim, será que sua estupidez não lhe deixar ver...

C B – calma você, esta letra é de outro cantor que não está metido nesta história, ele sempre se disse apolítico, mesmo quando cantou ‘debaixo dos caracóis de seus cabelos’ no caso, meus cabelos

C P – não desconverse, você sabe que está sendo maldoso e despeitado...

C B – Cuidado, ô xente! está no meu querer poder fazer você desabar do salto, nem tente manter as coisas como estão porque não dá, por isso vou sim votar na cabocla... vou me livrar de você ...

C P – e eu não vou mais aos seus shows, prefiro assistir suas quedas em vídeos e que fique claro que não uso saltos

C B – Por isso uma força estranha me leva...

C P – força estranha nada, foi um baita de um tombo e dos feios

C B - Serpente, nem sente, que me envenenou... ondas, desejo de vingança

C P : nem venha companheiro, sou da paz!!!! E para provar que não sou vingativo vou cantar um versinho de sua música  “Dessa coisa que mete medo pela sua grandeza não sou o único culpado  disso eu tenho a certeza. Será que você caiu de inveja ao saber que ganhei o prêmio “chatham house” de estadista do ano? Alô, você ainda está ai? Alô?... Desligou...


 
 
                                         
 
N. A:
1. CP: Companheiro Pernambucano. 
     CB: Cantor Baiano. 
2. Os trechos em destaques são de músicas do CB. 
3.  Coloquei na categoria humor por não encontrar outra mais adequada...

 
 
Ângela M Rodrigues O P Gurgel
Enviado por Ângela M Rodrigues O P Gurgel em 11/11/2009
Reeditado em 11/11/2009
Código do texto: T1916758
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