*Neurônios nada poéticos

Aqui estava eu, tentando compor uma poesia de amor... mas o calor ( e não é pra rimar) está demais!

Imagine o verão no inferno... Imaginou? Pois aqui está mais quente ainda!

Então meus neurônios se rebelaram e resolveram que eu só iria escrever o que eles quisessem. Assim, conforme eu tentava escrever um verso, eles já se interpunham e o reescreviam.

Meus neurônios com calor ficam insuportáveis!

E a poesia ficou assim:

(Só um bilhete de paixão eu te escrevi)

Só um sorvete de limão eu consegui

(Pois me conduz, me joga ao vento o teu ardor)

Onde é que eu pus a droga do ventilador?

(Espero o abraço carinhoso, o meu albergue)

Quero um pedaço bem frondoso de iceberg

(É o apelo de teu par, ó meu amor...)

Me dá mais gelo pra botar no regador.

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(Eu me orgulho desta sina que me guia)

E eu mergulho na piscina de água fria

(Até um corpo em que me veja revelada)

Até o copo de cerveja bem gelada

(Teu corpo esguio encobre a leve calmaria)

Sonho que esquio sobre a neve bem macia

(E me assombra a paixão abençoada)

E minha sombra aqui no chão tá bem suada.

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(Eu vou mimar o meu amado para sempre)

Eu quero o ar condicionado bem de frente

(Tu não atinas que de chofre tenho paz)

A serpentina gela o chope do rapaz

(A tua amada viverá sempre ao teu lado)

É limonada, guaraná e chá gelado

(E eu sozinha, abandonada, nunca mais!)

Da caipirinha bem gelada eu quero mais!