O tempo passa... mas as recordações ficam.

Meu pensamento voou para 1974... lá pelas bandas da Alta Sorocabana, próximo à Presidente Prudente. Meu marido é agrônomo, e na época era chefe da Casa da Agricultura de Caiabú.

E  eu fui lecionar numa escola de 1º e 2º gráus na cidade de Indiana que, antigamente, era conhecida como " OURO BRANCO" - por causa do algodão que alí era produzido em larga escala.
 
Indiana para mim foi realmente um Paraíso, tanto pelas pessoas boas e amigas , quanto pela Escola maravilhosa e os alunos queridos. Até hoje é uma grata recordação da minha vida!

De manhãzinha, quando percorria a estrada de terra , com o fusquinha azul-céu, para chegar à escola,  os alunos do período noturno , que durante o dia tocavam o gado, abriam ala por entre a boiada para eu poder passar. Para mim, que sempre fui uma moradora de cidade, isto foi uma grande aventura.

Lembro-me da nossa  primeira casinha, onde eu e meu marido fomos morar. Havia um pomar maravilhoso no quintal, como nunca tinha visto.

Na época, não sabia cozinhar. Só fazia miojo. Coitado do meu marido!

Numa ocasião, meu marido chegou em casa com uma peça inteirinha de filé mignon  - queria que eu fizesse uns bifes, pois estava com vontade de comer carne.

Muito solícita, piquei os bifes, temperei com sal, limão e alho. 

Para deixá-los mais sofisticados, fui até o pomar pegar um mamão verde , pois ouvi dizer que o leite do mamão deixava a carne muito mais macia...

Retirei todo leite do mamão e coloquei-o sobre os bifes, com uma alegria extremada por estar fazendo o gosto do meu maridinho.

Gente!! Qual não foi o meu desespero, quando comecei a fritá-los!? Iam se desintegrando na frigideira...

O cheiro era tão bom... Meu marido veio correndo para degustá-los..

Coitado!! 

E, eu fiquei num arraso! 

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Mel Redi
Enviado por Mel Redi em 20/02/2010
Reeditado em 01/03/2010
Código do texto: T2097178