HUMOR – O papagaio!

 

Cabecinha, depois que se meteu com essa história de briga de galo não queria outra coisa. Vivia viajando país afora, a fim de participar de lutas extraordnárias, e até ganhava dinheiro nas apostas.

Esses animais sofrem demasiadamente com esses duelos desumanos, e até o governo já andara fazendo leis para proibi-los; até o presidente da Repúiblica fora demitido por conta disso, porém aqui no Brasil sempre se arranja um jeito de ludibriar as normas.

Na última viagem que fizera, como consta do domínio público, aqui com as minhas palavras, há uma semana, seu galo foi massacrado de tal sorte que o jeito foi sacriificá-lo sem dó nem piedade, ficar com ele sem um pé seria ruim, só serviria mesmo para o consumo, mesmo assim com a carne dura. Todavia, imediatamente adquiriu outro, brabo que nem os seiscentos diachos, e jogaria todas as apostas nele.

Cabecinha ajeitara o galinheiro para alojar a nova aquisição. Pois bem, eita animalzinho pra gostar de galinhas, sô. Era passando e ele ferrando, e a rapidez era de tal sorte que não sobrara uma sequer para o lanche. Elas passavam por um corredor que terminava retornando para o mesmo lugar, e ele tome peia. Na terceira rodada as bichinhas não aguentavam mais... dava até pena...

Lá de cima, o papagaio desconfiara de alguma coisa. Viche Maria, será que tô com “visage”! Não deu outra, o garanhão agora queria de toda maneira pegar o louro. – Desça daí se tem coragem, dissera o galo. – Espere sentado, respondera o papagaio. – Cara, não está vendo minha carência? – O que é isso rapaz, você já viu galinha verde, respeite pelo menos as cores da bandeira brasileira. – É que com esse negócio de copa do mundo só penso na canarinha, sem ganso e sem pato, e eu sou o bom, o dunga, respondera...

 

Em revisão.

ansilgus
Enviado por ansilgus em 06/06/2010
Código do texto: T2303643
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