VALEU A PENA
UMA LOGOPÉIA COM PENA
O primeiro encontro foi no zoológico. Apaixonei-me pelas suas PENAS.
Eu ainda era pequena e usava um PENACHO, devido ao Sol. Voce
entrou na casa menor e eu esperando você aparecer, novamente.
PENA que você não apareceu. PENA que ninguém percebeu, exceto eu, sozinha, digna de PENA. Você ali, cumprindo PENA, injustamente,
como uma alma PENADA. Comecei a chorar, com PENA de você.
Como podemos chamar aquilo de um PENATES ? Viver assim não vale
a PENA, melhor seria a PENA de morte.
Anos depois, lhe encontrei e levei o meu amor. Eu dava de tudo pra ele : casa, comida e passeava com ele.
As pessoas ficavam admiradas da nossa relação amorosa. Eu tinha
plena consciência de que era um amor proibido, e que a qualquer
hora eu poderia ser APENADA. Estava fora da Lei, e aí descobriram tudo, mesmo.
O que eu achava ser um lar, família, eles chamaram de cativeiro.
Dura lex sed lex. O Código PENAL não entende o que é o amor.
Nesta PENADA, eu escrevo toda minha indignação para desabafar todo meu PENAR.
Hoje, eu cumpro PENA alternativa: o meu trabalho é limpar as PENAS no zoológico. Que ironia. Que PENA !