Seu Zé não era louco! Era o povo quem dizia

Seu Zé não era louco, era o povo quem dizia.

Seu Zé era um senhor de distinta sabedoria.

Seu Zé não foi à escola, mas, era homem letrado.

Quando a coisa o apertava ele logo se ajeitava.

Dava um trato no bigode, arrumava seu chapéu.

Fazia uma oração e pedia proteção ao CARA lá do céu.

Seu Zé estava magro há três dias não comia.

Ao andar pela cidade as ruas estavam vazias.O que seria?

O compadre Josué, homem de grande fé

Dizia que era o fim, como nos tempos de Noé.

A epidemia se alastrou, o povo se assustou!

- Mas porque não me avisou? Tenho a solução!

Vamos lá para casa, vou lhe dar um remédião.

- Pode se sentar, o remédio vou buscar,

Ele fica lá fora, não vou me demorar.

Para curar essa epidemia,

Recomendo usá-lo três vezes ao dia.

- Mas, o que é isso Seu Zé!?

Tusso noite e dia e o compadre me trás um animal que mia?

- É fácil para sarar, basta saber usar!

Use de manhã, à tarde e na hora de se deitar.

É só abrir a boca e enfinhá-lo na garganta, puxe-o

Pelo rabo, você vai ver que adianta!

Ele vai arrancar tudo o que estiver lhe encomodando

Nunca mais você passa uma noite acordado!

Para você que é meu amigão dou-lhe o gato

E não cobro nenhum tostão.

Luciana Sanches
Enviado por Luciana Sanches em 10/09/2010
Reeditado em 11/09/2010
Código do texto: T2490242
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