Bem antes de Max Factor, Helena Rubinstein e outros cosmetólogos menos votados,as mulheres bonitas (ou não) usavam o pó-de-arroz para suavizar e tirar o brilho  deselegante da pele.Trituravam o arroz até virar pó,peneiravam e,com plumas buzuntavam o rosto.

Acho que foi o primeiro pó facial inventado e ainda hoje participa da composição  dos pós  faciais modernos.
Mas,a expressão pó-de-arroz,curiosamente,não veio da cosmética ,mas, - pasmem! – do futebol.
Ele mesmo, o popular esporte bretão,coisa de macho.E o responsável foi o tricolor carioca Fluminense Football Clube, que tem torcedores do nível de Chico Buarque e outros menos votados.
A estória é curiosa.
Por ser um clube de elite e ter entre seus torcedores presidentes,ministros, e altos empresários,a agremiação criou fama de aristocrática e racista.
Até hoje nem aportuguesou o nome continua Fluminense Football Clube,assim mesmo,britanicamente.
Mas,vamos ao causo:
Em 1914 ,um jogador chamado Carlos Alberto,pintou no clube;era um excelente jogador,mas,tinha um defeito:era mulato.
Preocupado com a repercussão do” colored” entre os torcedores elitistas,Carlos Alberto resolveu usar de um artifício,não muito macho,mas,que poderia solucionar o problema da sua morenice. Aplicou pó-de-arroz no rosto.
Ora,estava tudo muito bom,muito fácil,torcida satisfeita,mas,como se diz, o diabo mora nos detalhes.E o detalhe é que o pó-de-arroz não resiste ao  suor.
Daí a pouco ,sob o forte sol carioca,lá se vai goela abaixo o artifício do jogador e sua mulatice bem escondida aparece em toda sua plenitude.
A platéia começou a gritar:
“Pó –de- arroz! Pó –de -arroz!
E,assim nasceu o apelido do Clube ,cuja torcida costumava  jogar pó- de- arroz toda vez que a equipe entrava em campo.
Mais tarde,em 1943,essa aristocracia ficou para sempre refletida no símbolo criado pelo cartunista argentino Mollas;um cavalheiro de fraque,polainas,piteira e cartola.
Pois é, até hoje os dirigentes de clubes de futebol passaram a ser chamados de “cartolas”,sinônimo de incompetentes  e  aproveitadores.
 
Miriam de Sales Oliveira
Enviado por Miriam de Sales Oliveira em 17/09/2010
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