QUE SACO!

Muita gente atribui a rotina, como a vilã para as insatisfações na vida. E que haja SACO, para qualquer compulsão cotidiana. Todos os aborrecimentos estão relacionados ao SACO...De dinheiro. SACO sem fundo, e cheque sem fundo, são muito chatos.

Ir na padaria, todos os dias para comprar o pão, o café ou o biscoito. Tudo em SACO, e indo parar no SACO do lixo. É uma comédia essa rotina, um SACO de riso.

Antigamente, as mães SACOlejava o medo do filho dizendo-lhe que o velho do SACO iria pega-lo, mas os tempos mudaram e até a cegonha saiu de linha, embora as crianças continue tradicionalistas quanto ao SACO de pipocas.

O sonho de muitos é ganhar uma bolada...Com tanto que não seja no SACO. O SACO virou moda, ou é SACO ou saque, mas não me assalte.

O SACO é masculino, e nasceu para marchar, faz parte de uma família trabalhadora, e como diz a música de Xangai, "Abc do preguiçoso": "O homi que num trabáia num pode cumê gostoso". Homem que é homem, faz a alegria da família trazendo os SACOS de compras do supermercado. Aí, ele é herói. É uma sociedade que não valoriza a preguiça(ainda bem), e qualquer um que, vive "coçando o SACO", será marginalizado.

O SACO reclama da descriminação. A sociedade só valoriza a SACOLA. Ela é chic, coisa de shopping. A filha da SACOLA, a SACOLINHA é falsa, moralista que vive rodando nas igrejas atrás do dízimo. A bolsa é coisa de madame e sua filha, a bolsinha é uma vergonha para a família. Outro dia, pegaram ela rodando por aí.

A mala é pura burguesia, e não se sabe o por quê, na hora de receber as verdinhas (geralmete propina), as pesoas preferem a mala na cor preta. Quem trabalha mesmo é a mala direta, e a filha rebelde, a ovelha negra da família e a mala sem alça, insuportável.

O embrulho é o primo pobre, que trabalha no armazém, sem carteira assinada. Dessa família, o mais marginalizado, é o pacote. Quando é pacote econômico, o povo desconfia, e quando é pacote turístico, quem desconfia é a policia federal, porque as drogas é companheira do pacote. Ele não tem a menor moral, pois as pessoas levam ele até de baixo do braço.

O SACO mais querido no mundo é o SACO de papai noel. É dezembro, mês dos puxa-SACO. Não se preocupe, você que é sacaneado o ano todo como se fosse um SACO de pancadas, agora terá o decimo terceiro e os abraços de prósperos ano novo, daquele grupinho, que são “farinha do mesmo SACO’’.

A grande sacada dos comerciantes é dizer: “bom e barato”, sabemos que esses dois não cabem no mesmo SACO.

O SACO é trabalhador nato. Enquanto muitos ficam enchendo o SACO, até dos gordinhos, comparando-o com o SACO de batatas, Outros, se sacrificam com SACOS nas costas para ganhar o suor de cada dia. Sem dinheiro, sem comida, e SACO vazio não fica em pé.

Assim, como tudo tem limite, no oito ou oitenta, é ruim SACO vazio, mas também, ninguém quer ficar de SACO cheio.

menino caldas
Enviado por menino caldas em 05/11/2010
Reeditado em 18/11/2010
Código do texto: T2598149
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