Joaninha de metrô
Teste marcado para terça feira, às 13h. Qual seria o melhor trajeto? Bom... Aproveitando a estadia na casa do meu namorado, resolvi ir de metrô, pois ele mora muito perto da estação Vila Mariana.
O chato foi ter que subir um bom trecho a pé da Lins de Vasconcelos... Mas tudo bem. Fui andando lentamente, sentindo a suave garoa caindo no meu rosto. Apesar de ter pegado um guarda-chuva emprestado do meu namorado, eu não quis tirá-lo da mochila só por causa de uma garoa.
Continuei subindo a Lins.
Ao chegar à estação, coloquei a mochila para frente do meu corpo, formando uma espécie de “barriga de grávida”. Geralmente faço isso quando vou entrar em locais muito movimentados, ônibus, metrôs, trens...
E quando posicionei a mochila em frente ao corpo e quis abrir o zíper da frente para pegar meu bilhete de metrô, percebi uma coisinha bege e redondinha passeando por ali. Era uma joaninha.
Gosto muito de joaninhas. Para mim, parecem atrair sorte. São redondinhas, pintadinhas, ágeis, umas gracinhas! Mesmo tendo assistido a um documentário sobre insetos na TV Cultura mostrando como eles agem ferozmente em função da sua sobrevivência, ainda assim continuo achando as joaninhas encantadoras.
E essa que pousou na minha mochila pelo visto queria uma carona.
A princípio pensei tê-la perdido quando passei pela catraca. Mas ao entrar no metrô lotado e com aquele bafo quente de pessoas em horário de almoço, uma moça sentada me cutucou sorrindo e apontou para a joaninha que ainda passeava pela minha mochila. Desta vez tinha ido para a lateral e eu não vi, por isso pensei tê-la perdido!
A moça apontou com tanta empolgação que a joaninha, assustada, levantou vôo e pousou no teto do vagão.
Droga! Pensei. Minha sorte saiu voando! Apenas sorri para a moça e falei: “Na verdade ela só estava a fim de passear de metrô...”
Desci na Ana Rosa para fazer baldeação e não vi mais aquela joaninha. Nem outra. E também não tive sorte em mais nada naquela semana...
16/02/2011