O DIA ENSOLARADO EM TREVAS

Sonia Barbosa Baptista

(Humor)

Fazia um sol quente, ventilador era insuficiente para acalmar o calor daquele dia.

Combinado de ir passear na casa da irmã, num bairro da cidade de Volta Redonda, ela foi com seu filho.

Entrou toda contente no carro, podia-se dizer que era um carrão, na verdade era mesmo, um Santana.

Lá dentro um ar fresco e todos os vidros das janelas fechados: estava ligado o ar condicionado.

Na sua alegria de encontrar com a irmã, ela estava em estado de euforia e até então, não tinha notado nada de estranho.

Continuava lendo as mensagens que havia recebido em seu celular.

Mas eis que de repente, ela começou a admirar as paisagens.

Mas qual foi a sua surpresa quando percebeu que o tempo que antes era ensolarado, passou a ficar escuro.

As árvores de verde escuro estavam pretas.

O céu antes azul e branco também estava escuro.

Todas as paisagens estavam escuras.

Que grande decepção para ela, ao perceber que o carro em que viajava estava passando por lugares que estavam em trevas.

Assustadíssima e sem entender nada, ao olhar para trás, para o caminho já percorrido, descobriu que a escuridão era somente enquanto passava pelo local e, assim que acabavam de passar, ela olhava para trás e, tudo estava lindo e normal, o dia claro ensolarado, como quando saiu de casa e as árvores estavam num verde natural, de acordo com cada tom de folha.

E ela ficou toda esquisita sem entender o que estava acontecendo, pois a escuridão era somente enquanto passavam por aquele local.

Chegando na casa da irmã, ela desceu do carro e quase se sentiu mal, achando que poderia estar ficando louca, pois ali, o sol estava lindo, o céu azul com nuvens brancas, tudo estava normal.

Pensando assim, não contou nada pra ninguém,

Mas como na volta pra casa, tudo voltava a acontecer do mesmo jeito.

Aí, contou para o filho e ele mal acabou de ouvir dando muitas gargalhadas, falou:

Ô mamãe querida.

Você não é louca não e, abrindo os vidros do carro, para que ela visse a claridade, falou:

Porque não me contou logo.

Não posso acreditar que você não sabia que meu Santanão está com insufilme nos vidros, menos no vidro de trás.

Ela, entre sem graça e envergonhada pela tal ignorância, sorrindo, suspirando fundo e fechando os olhos: deu Graças a Deus que o mundo, não estava acabando em escuridão com ela fechada dentro de um carro no trânsito.

18/09/2011

Sonia Barbosa Baptista
Enviado por Sonia Barbosa Baptista em 18/09/2011
Reeditado em 18/10/2014
Código do texto: T3226010
Classificação de conteúdo: seguro