Feirante risonho

Vou apresentar uma piada que meus pais adoravam contar. Eu e meus irmãos escutávamos satisfeitos os dois repetirem essa piada. Enquanto um contava, o outro complementava. No final todos riam bastante.

Eis a piada:

Antigamente as pessoas morriam e tinham que passar por um grande portão controlado por São Pedro.

Os feirantes, por exemplo, eram obrigados a adentrar a grande passagem carregando seus principais produtos alimentícios. Tais produtos alimentícios não ficavam na Terra. Os feirantes levavam para o Céu e, antes de entrar, comiam o que traziam.
Alguns comiam frutas, outros verduras, enfim, sempre tinha um produto alimentício, o mais importante do feirante, que necessariamente tinha que ser saboreado.
Antes de conhecer as delícias do Paraíso, cada feirante comia o produto alimentício que trazia consigo.


Um dia a fila estava muito grande e São Pedro acordou de mau humor.
O santo decidiu que todos os feirantes não comeriam o produto, mas teriam que colocar no ânus.
Apesar do incômodo, os feirantes aceitaram a decisão do querido santo com resignação.
Dessa forma, sem nenhuma ajuda externa, todos começaram a pôr o produto alimentício que estavam trazendo exatamente naquele lugar.
Alguns experimentaram cenouras, outros tiveram que colocar bananas, alguém trouxe tomates, enfim, ninguém, naquele dia, escapou da doce sentença de São Pedro.

De repente apareceu um cara com uvas. Enquanto ele estava a colocar os muitos cachos de uva que carregava, ele não parava de rir. Quanto mais ele eliminava suas uvas, as risadas aumentavam. Na verdade eram verdadeiras gargalhadas.

São Pedro se aproximou e perguntou:
___ Meu filho, o que está acontecendo? Você coloca os seus cachos de uva e ri dessa forma escandalosa?
___ Que brincadeira é essa? Bradou o santo aborrecido.
___ Desculpa, meu bom velhinho, mas não consegui me controlar!
___ Explica logo! Qual é a razão de tanto riso?
___ É que no fundo dessa fila eu vi um feirante carregando uma quantidade enorme de melancias e abacaxis.








Ilmar
Enviado por Ilmar em 06/01/2012
Reeditado em 30/01/2012
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