PIRAMBU FUTEBOL CLUBE E O ENTERRO SIMBÓLICO FEITO POR MILTON NEVES

Depois da inauguração da “ Ponte doutor César Franco”, da festa de "Pirambrega", carnaval fora de época, e do título de campeão do futebol sergipano, do time de Pirambu Futebol Clube, a cidade praiana e bonita de Pirambu virou a coqueluche do Estado de Sergipe. Com sucessivas vitórias e espíritos vencedores seus dirigentes, traçaram planos para o Pirambu ser campeão do Brasil.

Para conseguir este objetivo, os dirigentes pirambuenses, que eram formados por gentes endinheirados e por políticos influentes, armaram-se de grandes patrocinadores para enfrentar o poderoso Corinthians de São Paulo, seu primeiro adversário na Copa do Brasil. No jogo contra a equipe paulista, o técnico Edmílson Santos escalou os seguintes jogadores: Alan, Marivaldo, André Luiz e Rafael, Gildeon, Sérgio Roberto, Clayton e Catuba, Agostinho e Saci.

Naquela noite inesquecível tudo ocorreu de forma agradável para o time Pirambu, uma vez que o “Batistão” estava superlotado e a banda “Calcinha Preta” tocava animadamente com suas dançarinas dando show de sensualidade aos torcedores. A festividade tornou-se apoteótico com o empate no final da partida entre as duas equipes . Dali em diante os jogadores do Pirambu tornaram-se celebridades no futebol brasileiro. Saci, Alan e o técnico Edmílson Santos eram os mais badalados pela imprensa sulista.

Na partida final, o time do interior sergipano teve que se deslocar até o Estado de São Paulo para realizar a tão almejada partida contra a equipe do Corinthians. A badalação da imprensa sulista continuava intensa, com os nossos jogadores dando entrevistas, sobre o honroso empate conseguido em terra sergipana, suas origens, culinárias, salários,indumentárias e até os seus mexericos com "as Marias Chuteiras", ao ponto do jornalista Milton Neves, deixar uma equipe exclusiva de jornalistas cobrirem a concentração do time do interior sergipano durante o dia da partida. Na hora da peleja, os nossos atletas entraram em campo animados e nos primeiros minutos quiseram até intimidar a forte equipe paulista, mas com desenvolvimento do jogo os sergipanos sentiram a potência da melhor preparação do time sulista e foram massacrados pelo placar de três a zero. E, aquele Milton Neves, que nos brindou com uma recepção de gala e até nos ofertou uma equipe de jornalistas para cobrir exclusivamente o nosso time. Foi também o Milton Neves que nos presenteou com um belo enterro simbólico para o nosso time, com direito a transmissão direta da televisão através do seu programa “Terceiro Tempo” da BAND, onde o caixão apresentado era coberto com uma bandeira do time do Pirambu.

Reri Barretto
Enviado por Reri Barretto em 10/04/2012
Reeditado em 10/09/2014
Código do texto: T3605548
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