“CUNHADO GAY”.
  ARMANDO LEMES.
 

Cunhado não é parente,
é um tipo de indigente,
que entra em sua vida.
Infelizmente não tem jeito,
o cunhado só tem defeito,
mas é irmão de sua querida.
 
Eu não queria ter cunhado,
cunhado é sempre folgado,
não dá para a gente entender.
Infelizmente me apaixonei,
e a mulher com quem me casei,
tem irmãos para me aborrecer.
 
Outro dia na casa de minha sogra,
meu cunhado fez uma manobra,
somente para levar vantagem.
Disse que estava sem dinheiro,
pediu um troco para o cabeleireiro,
na verdade era só malandragem.
 
Cunhado é como carrapato,
quando gruda no seu sapato,
só matando para desgrudar.
Onde você vai ele vai atrás,
faz tudo o que é capaz,
para sua vida infernizar.
 
Já avisei minha mulher,
faço tudo o que ela quiser,
para não ver o seu irmão.
Perguntou o que aconteceu,
seu irmão me enlouqueceu,
no meu bolso meteu a mão.
 
O meu cunhado é tão folgado,
diz que está abandonado,
que não consegue trabalhar.
Se alguém lhe oferece emprego,
ele ainda lhe pede um arrego,
diz que tem medo de cansar.
 
O cara não sai lá de casa,
minha mulher está uma brasa,
não suporta mais sua companhia.
Ele ainda se diz injustiçado,
diz que está abandonado,
por toda a sua família.
 
Minha sogra é a grande culpada,
vive sempre preocupada,
com o filhinho do coração.
Por ele é capaz de brigar,
nunca manda ele trabalhar,
e ainda lhe dá proteção.
 
Se um dia novamente eu casar,
vou fazer pesquisas para arranjar,
uma mulher que não tenha irmão.
É a única solução inteligente,
para não ter esse tipo de gente,
na sua vida metendo o bicão.
 
Minha sogra fica muito nervosa,
quando vê o filho cuidando das rosas,
no seu jardim de estimação.
O cunhado fica dando beijinho,
acariciando com muito carinho,
o cabo roliço do enxadão.
 
Já tem seus quarenta anos,
várias vezes entrou pelo cano,
em matéria de amor eu não sei.
Do jeito que o cunhado se porta,
sempre com a munheca torta,
desconfio que meu cunhado seja gay.
 
Autor- Armando Lemes-julho de 2012.