O HOMEM QUE ENGANOU O DIABO

Januário era um desses matutos nascido na roça, em cidade pequena, distante da capital e longe de tudo; perto de riacho, mas longe de água encanada; livre para andar nas matas, mas preso ao povoado; comida de fartura por poucos dias, e falta dela por vários meses; chuva temporã, e seca braba na maior parte do ano! Assim era a vida de Januário, Caboclo sonhador desde a meninice, arteiro, malandro nas respostas, mas com um coração sem maldade!

Aprendeu a se virar para não morrer de fome; só de irmãos e irmãs, eram dezoito! Fora os primos e primas. Cuidava da roça do pai pela manhã, e à tarde, ia tomar banho de cachoeira dentro da mata fechada.

Januário era bom no estilingue, tinha boa pontaria e sempre que podia, acertava uns passarinhos para comer. Mas, uma vez e outra, sobrava para os camaleões e calangos. Vivia enganando os vizinhos; se, tomava enxada emprestada por um dia, devolvia depois de muita insistência do dono! Se, comprava fiado na venda do Zé Tanajura e demorava para pagar, sumia dentro da mata dizendo que errou o caminho de volta; pagava sempre, com uma caça.

Um dia desses, acertou adiantado serviço na casa de Zefinha; prometera levantar um chalezinho no fundo da casa, para servir de banheiro. Pois é; lá se foram dois meses que ele recebera adiantado, e nada de cumprir com o serviço! De tanto enganar o povo, começaram a lhe chamar de JANUÁRIO EMBUSTEIRO*. Sua mãe lhe disse um dia:

- Tu ainda, há de prestar contas com o tinhoso!

- Mas não minto pra ninguém! – Respondeu ele pra mãe;

- Januário! Quem vive enganando o povo de bem, um dia acaba se enrolando com o coisa ruim! - Sua mãe chamava a sua atenção, pelo fato de sempre ensinar aos filhos, a serem honestos. Januário deu de ombros, e saiu!

Certo dia acordou, antes do galo cantar. O dia estava frio naquela manhã, Januário abriu a porta, e não sabia que fumaça era aquela que cobria toda a mata, e fazia com que ele não enxergasse um palmo à frente do nariz! Somente anos mais tarde, ficou sabendo que o nome daquela fumaça densa e fria, chamava-se: NEBLINA!

Januário colocou o alforje de caçador, pegou a garrucha velha do pai, o estilingue e entrou na mata. Não ouviu um coaxo, nem um canto de pássaro; o rastejar de algum bicho, o mugido das vacas nos currais das fazendas perto dali, tão pouco o MURMULHO** das árvores e das águas da mata!

Januário parou no meio da mata, e estranhou aquele silêncio;

- Ôxe! Será que o tempo parou? – Olhou para as folhas das árvores e, nada! Nem sinal de vento;

- Devo tá sonhando! – Januário deu um tapa no próprio rosto; sentiu o latejar da bochecha, foi quando ouviu alguém lhe perguntar:

- Ôxente, homem! Tu tá maluco?

Januário deu um pulo pelo susto que levou, e olhou para todos os lados, para ver quem falava com ele! Sacou a garrucha e pôs em pé, entre suas pernas e começou a socar o sal grosso (já que não tinha chumbo):

- Deixa disso abestado! Sou de paz! – Januário ouviu novamente a voz.

Olhou por entre duas árvores grandes à sua frente, e enxergou um homem alto, de paletó e gravata preta, com uma pasta nas mãos! Januário passou a mão pelas vistas, para ter certeza que estava enxergando direito:

- Tu tá perdido moço? – Perguntou Januário para o estranho;

- Pelo contrário: tô achado! – O estranho abriu um sorriso pelo canto da boca;

- Se tá achado, o que faz aqui dentro da mata, com roupa de dia de missa?

- Tava te procurando! – O estranho se aproximou de Januário;

- Procurando por eu? Olha moço se foi alguém lá do povoado que falou argunha coisa, fique sabendo o moço que...

- Calma Januário, o meu assunto com você é outro! – Interrompeu o estranho, falando corretamente;

- Eu vim à tua procura, para nós fecharmos um acordo..., sabe, um contrato!

- Eu não sou de fazer trato com gente que eu não cunheço, num sabe! E como tu sabe o meu nome? – Januário estava desconfiado do estranho;

- Tu não vive reclamando da vida? Que queria ter condições pra criar umas cabeças e terras para plantar? Posso te ajudar nisso! – O estranho aproximava-se cada vez mais de Januário:

O sujeito começou a rodear Januário, que rodeava junto com ele; olhava Januário de cabo à rabo, Januário o olhava também; mediu Januário de baixo pra riba, Januário estranhou:

- O moço tem os costumes dos meninos que nasce homi, mas cresce mulher? – Perguntou Januário;

- Como?

- Tu tá aí me olhando de cabo à rabo, como o Luiz, filho do cumpade Zé Antônio; foi pra capitá estudá, e voltou todo PEREQUETÉ*** com o nome de Luana! – Disse Januário olhando atravessado para o sujeito;

- Nãããooo! Tu tá achando que eu sou..., sou...,

- Olha moço, não me leva a mal não, mas esse teu jeito de me olhar com essa cara, é a mesma do Luiz..., sei lá como se chama agora, de ficar olhando pra tudo quanto é cabra macho do povoado! – Januário deu alguns passos para longe do sujeito;

- Deixa de ser abestado homem! Que eu não sou nada disso! Pelo contrário; posso ter todas as mulheres do mundo aos meus pés...

Januário continuou olhando para o estranho, com desconfiança. Ainda não entendia o que um sujeito de paletó e gravata fazia de manhã cedo, dentro da mata:

- ... e se tu quiser, pode ter também! O estranho voltou a sorrir pelo canto da boca;

- Ah! Já entendi; tu é aqueles moços que faz piada da gente!

- Como assim? – Perguntou o homem para Januário;

- Preto, pobre, lascado, sem ter onde cair vivo “porque morto a gente cai em qualquer lugar”, sem dinheiro, e pra acabar, feio que chega dói; eu vou ter tudo quanto é mulher que eu quiser? Tu só pode ser, piadeiro! – Disparou Januário;

- Não sou piadista! Mas posso te oferecer tudo isso; basta apenas você querer e fazer um acordo comigo!

O estranho cruzou a mala em seu peito e ficou batendo nela com a mão esquerda. Olhou para Januário, e fez um gesto com a cabeça, dizendo: “você é quem sabe!”. Januário fechou o olho direito (sempre fazia isso quando estava desconfiado de alguma coisa), olhou para o sujeito enviesado com o olho esquerdo, e falou:

- Tu aparece dentro da mata, dizendo me procurar, oferecendo não sei o que direito, e só quer de mim um acordo?

- Isso mesmo! Somente tua assinatura em um pedaço de papel! – Continuou batendo na mala, indicando que o papel ao qual ele se referia, estava dentro dela;

- Quanto isso vai me custar? – Perguntou Januário;

- Nada! Absolutamente, nada! Basta apenas aceitar os termos que está aqui, no contrato, que no tempo certo, a gente se acerta!

- De quanto tempo o moço tá falando?

- De uns cinco.., no máximo dez anos!

- E eu vou ter tudo isso ai, que o moço falou?

- Isso mesmo! Você vai ter dinheiro, fazenda, carros, mulheres..., rsrsrsrs; basta aceitar!

Januário colocou a garrucha de volta na tira do alforje, cortou um pedaço de fumo e pôs na boca; mastigou e cuspiu logo em seguida:

- Donde é que eu tenho que assirná este negócio? – perguntou ele finalmente;

- Vamos lá pra cachoeira, que eu te mostro! - O estranho deu um sorriso de satisfação!

Chegaram na cachoeira que Januário estava acostumado a tomar banho, e subiram em uma pedra, que o povoado tinha batizado como “A PEDRA DO DIABO”. Ela tinha o formato de uma cabeça, e nas suas extremidades, existia em cada lado, uma protuberância, que quando se olhava de longe, parecia a cabeça do diabo com seus dois chifres:

O estranho e Januário sentaram-se nela. Januário observava quieto, o sujeito remexer a pasta, até encontrar o que ele procurava:

- Aqui está! - Exclamou ele, erguendo o pedaço de papel no ar:

- O que é isso? – Perguntou Januário;

- A sua mudança de vida! Para sempre... – Completou ele;

- Basta apenas você assinar o seu nome por completo, na linha pontilhada, e tudo estará acertado!

O estranho colocou o papel diante de Januário e entregou a ele, uma caneta com um brilho fogo amarelo, que deixou Januário maravilhado. Januário quando pegou na caneta, sentiu ela queimar as pontas de seus dedos; o sujeito falou que era assim mesmo. Januário debruçou sobre o papel, e começou a desenhar as letras; uma por uma.

O estranho já estava sem paciência:

- Não dá pra ser mais rápido não?

- Calma moço! Meu pai só me ensinou a escrever o meu nome! – E continuou a desenhar as letras.

Depois de quase cinco minutos, Januário finalmente falou:

- Pronto! Tá assinado! E agora?

- Agora eu e você vamos selar o contrato com uma gotinha de sangue! – Disse o sujeito, mostrando para Januário uma agulha de tamanho médio;

- Calma lá! Ninguém aqui vai me furar não! - Januário puxou as mãos para trás e ficou de pé;

- Mas é preciso, para selarmos o contrato! – Insistiu o estranho;

- O meu nome não é o suficiente não? Pois fique sabendo que a palavra de um homi aqui no povoado, vale mais que um conto de réis!

- Bom, de qualquer forma, sua assinatura está no contrato! A chefia deve aceitar isso como prova..., vou fazer uma concessão pra você!

O homem se levantou, guardou o papel na pasta, e estendeu a mão para Januário:

- Dentro de alguns anos, eu voltarei para acertarmos nossas contas!

- Quando é que vou receber tudo isso de que o moço falou?

- Você já recebeu! – Disse ele, com malícia;

- Nós fizemos um acordo e eu nem sei qual é a vossa graça?

- Isso agora, não tem a menor importância; o importante, é o seu nome escrito no contrato, adeus, Januário... O homem desceu da pedra e sumiu mata à dentro!

Januário ficou olhando para o sujeito e depois se dirigiu para o povoado. Naquela mesma tarde, estava roçando a plantação de batatas, quando sua enxada bateu em algo; Januário meteu a enxada por mais duas vezes no mesmo lugar, resolvendo verificar do que se tratava. Encontrou um diamante bruto e uma pedra de ouro grande; foram suficientes, para fazer de Januário, o homem mais rico das redondezas.

Januário de fato, conquistou tudo aquilo que o estranho falou. Nunca contou a ninguém, sobre o episódio dentro da mata. Passaram-se cinco anos exatos, e em uma noite, quando Januário se balançava na rede pendurada na varanda de uma de suas fazendas, eis que o estranho surge:

- Vejo que você se deu de bem!

Januário caiu da rede com o susto que levou:

- Como tu parece assim de repente sujeito! Escapou de levar uma bala na cara! – Januário mostrou o três oitão, na cintura;

- Isso não me assusta mais! – Respondeu ele, indo sentar-se na cadeira de palha.

Januário se ajeitou, e voltou para a rede:

- E ai, que vinhestes fazer aqui homi? – Perguntou Januário;

- Cobrar o acertado; hoje faz cinco anos, desde o nosso encontro. Já esqueceu?

- Não esqueci! Mas também eu me a lembro que tu falou que poderia ser até dez anos! Não foi isso? – Interrogou Januário;

- Bem..., foi assim mas é que...,

- Assim mais que nada! Se tu me deu esse tempo, eu quero esse tempo! – Interrompeu ele;

- Mas é que você não selou o contrato com sangue! Por isso o seu tempo é menor!

Januário analisou a situação; nunca parou para pensar qual era o preço daquele contrato e o que o estranho iria querer em troca:

- Me responde um negócio; o que você veio mesmo buscar em troca?

- Você!!!

Januário arregalou as bodegas de olhos pro sujeito, e viu como eles brilhavam:

- Tinhoso, filho do cão! – Exclamou Januário assustado;

- Prazer! – Respondeu o coisa ruim;

- Vamos logo que eu não tenho mais tempo a perder com você; tu foi um dos cabras que já me deu mais trabalho em convencer, que qualquer outro! – Disse ele, indo em direção a Januário;

Januário rolou pro outro lado da rede, caindo no chão. Levantou de um só salto, olhou pro tinhoso e falou:

- Uma semana! Peço a vós micê mais uma semana!

- E pra que tu quer mais uma semana Januário? – Perguntou ele;

- Pra me dispidir de minha família e do persoá lá do povoado! – Pediu ele;

- Huuum..., deixa eu pensar..., NÃO! – Disse o tinhoso indo em direção a Januário;

Januário rodeou a rede fugindo do tinhoso, indo parar atrás da pilastra:

- Tu esperou cinco anos e não pode esperar só mais uma semana? Quando tu voltar, te garanto que não vou me avexar em ir contigo! – Implorou Januário;

- Tudo bem! Só mais uma semana e nada mais! Depois eu venho te buscar conforme seu nome no contrato! Hum..., ainda dizem que o diabo não faz caridade...

O coisa ruim saltou uma gargalhada, e sumiu dentro de uma cortina de fumaça, deixando um cheiro horrível de enxofre no ar. Januário sentou na rede e começou a pensar como iria se livrar daquela enrascada. Entrou em casa e sua mãe que estava sentada no sofá tricotando, perguntou qual era o problema ao filho, ao vê-lo abatido!

Pela primeira vez, Januário relatou o ocorrido naquele dia dentro da mata. Sua mãe permaneceu em silêncio ouvindo toda a história. Quando Januário terminou, ela falou:

- Eu sempre te disse que um dia tu ainda ia acabar se enrolando com o tinhoso!

- Disso já sei! Eu queria saber como fazer para desenrolar! – Esbravejou ele;

- Tu falou que escreveu seu nome num pedaço de parpé?

- Sim senhora!

- E que ele vai vir te levar de acordo com o que tá escrito no tar de parpé?

- Isso mesmo!

- E quar foi o nome que tu escreveu no parpé? – Perguntou sua mãe;

- O meu nome todo, hora! – Respondeu ele mal humorado;

- Se achegue mais, que eu vou te dizer o que tu vai fazer...

Januário se aproximou de sua mãe, e a velha encostou a boca em seu ouvido, começando a cochichar. Januário ouvia quieto, e a cada palavra de sua mãe, ele sorria:

- Intendeu tudo que te falei? – Perguntou ela, assim que terminou de cochichar;

- Sim! – Respondeu ele animado.

No dia seguinte, Januário saiu bem cedinho de casa; viajou para a cidade vizinha, para fazer o que sua mãe lhe dissera; voltou depois de dois dias. Passou pelo povoado e anunciou reunião na praça no próximo domingo; queria que todos estivessem presentes, quando fosse fechar o acordo com o tinhoso. A notícia se espalhou rapidamente, e todos queriam ver como é que Januário iria se livrar de um acordo com o diabo; rolou até caixa de apostas, que dessa vez Januário não escaparia de suas enganações. Na verdade, dessa vez foi ele que foi o enganado!

A semana passou rápido, e no amanhecer do sétimo dia, Januário mal acordara, e lá estava o tinhoso, ao lado de sua cama com aquela pasta preta nas mãos:

- Pronto para partir? – Perguntou ele assim que Januário abriu os olhos;

- Pronto! Mas antes quero tomar café! – Disse ele, sentando na cama;

- Eu espero! – Respondeu o tinhoso;

- Só mais uma coisa; eu quero que seja lá na praça!

- Por qual motivo? – Perguntou o tinhoso desconfiado;

- Quero terminar do jeito que comecei; no meio do povo pobre!

- Tudo bem! Nove horas?

- Nove horas! – Acertou Januário.

Perto das nove, a praça já estava tomada pela multidão. Naquela manhã, até o padre da cidade deixou de realizar a missa, para ver Januário ser levado pelo tinhoso (na verdade, ele queria saber como era a fisionomia do tal).

Januário chegou por volta das nove e dez. Parou a pick-up de cabine dupla em frente a banca de jornais, e se encaminhou para o lugar marcado. Todos olharam para ele; umas beatas se benziam, outras rezavam o terço; as mães puxavam as crianças para perto de si; e o padre segurava o crucifixo à frente do rosto.

De repente, todos sentiram um cheiro podre de enxofre e uma fumaça surgiu no meio da praça; de dentro dela, surgiu o homem de paletó e gravata preta, segurando a bendita pasta, e um sorriso largo no rosto:

- Que recepção maravilhosa! Não poderia ser melhor! – Disse ele se aproximando de Januário;

- Bem, vamos lá;

O tinhoso abriu a pasta, retirou o papel e entregou a Januário;

- Esta assinatura e este nome não é meu; - Disse Januário;

- Como não? – Perguntou o tinhoso surpreso;

- Qual é o nome que está escrito aí?

- JANUÁRIO SEFIRINO DE AMBRÓZIO! – Respondeu o tinhoso;

- Então não é meu nome e nem a minha assinatura!

- Tu assinou o contrato, comigo lá na cachoeira, na pedra do diabo! – Insistia o tinhoso;

- E Tu me disse que conforme o contrato, me cobraria no tempo certo, não foi? – Perguntou Januário;

- Isso mesmo!

- E como tu quer cobrar alguma coisa de mim, se não sou eu nesse contrato?

- Como não é tu? Seu nome está escrito aqui! – Tomou o contrato das mãos de Januário, e lhe mostrou o lugar da assinatura;

- Tu tem testemunha que foi eu que assinei isso daí?

O diabo olhou para todos os lados:

- Eu não preciso de testemunhas; o seu nome no contrato, já é o suficiente;

- Não é não! – Insistiu Januário;

- É sim!

- Te provo que não!

- Então prova; - Desafiou o diabo;

Januário puxou um pedaço de papel dobrado, de dentro do bolso, e entregou pro tinhoso;

- O que é que tá escrito ai? Qual é o nome do cidadão? – Perguntou Januário;

- JANUÁRIO ZÉ FIRMINO DE AMBROLHO;

- E qual o nome que tu disse está escrito no contrato?

O diabo olhou o contrato e respondeu:

- JANUÁRIO SEFIRINO DE AMBRÓZIO!

- Então não sou eu que tu tá procurando!

Januário tomou a certidão de nascimento recém tirada no cartório, das mãos do tinhoso e saiu assobiando, passando por entre a turba que assistia perplexa, por ver que ele, conseguiu enganar até o diabo!...

OBS: Algumas palavras foram escritas propositalmente, da maneira como é falada, em algumas regiões interioranas, do sertão brasileiro.

EMANNUEL ISAC

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*EMBUSTEIRO: aquele que usa de embustes, mentiroso, intrujão, impostor;

**MURMULHO: Ruído da água corrente, do ramalhar das árvores;

***PEREQUETÉ: Faceiro, elegante; emperiquitado; Saliente nos modos.