Dose para Elefante

Olá, tudo bem?

Lí e me diverti com suas historias. Ainda bem que voce anda plagiando coisas de \"dominio público\". Menos mal.

A melhor delas é a da onça, que já ouvi contada pelo Boldrin.

Voce lembrou de mentirosos de Bernardino e me trouxe lembrança de mentirosos famosos de Pirajú.

O chefe de Estação lá de Piraju tinha um filho que não sorria, vivia ensimesmado. Só recobrou a alegria no dia em que apareceu um fagueiro vira-lata em seu quintal. Não deu outra: foi adotado pelo pai e pela familia toda.

Infelizmente, algum tempo depois o bicho adoeceu gravemente. Prevendo a inevitável consequencia o velho ferroviario correu para o veterinário.

O médico examinou e receitou um prosaico chá caseiro. Explicou que deveria escrever os nomes de dois mentirosos conhecidos em dois pedacinhos de papel, dobra-los diversas vezes e em seguida ferventá-los por alguns minutos.

O homem seguiu rigorosamene as instruções e deu o chá para o combalido animal.

O cachoro cheirou, fez careta e bebeu. Eriçou os pelos, uivou,deu um pulo alto e caiu......mortinho da silva e com a linguinha esbranquiçada saindo pelos cantos da boca.

O homem foi reclamar com o veterinário.

-- Não podia ter dado errado. Afinal, que nomes o senhor escreveu nos papeis?

-- Bem, dois mentirosos que conheco há anos. O Celso Malagodi e o Professor Pedro Rochel.

(acho que voce não se lembra deles, mas eram piores que o Custodio e o Chiquinho Mineiro).

-- Ah! agora entendi. Escuta moço, os dois juntos......é dose para elefante.

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Tem uma outra do \"seu\" Rochel que ouvi pessoalmente (e acreditei, claro) há uns 45 anos.

Tava pescando lá no sitio do \"cumpadi Malagodi\" e sentiu uma beliscada no anzol.Puxou a vara com muita força e o relogio novo voou do pulso e sumiu. Não sabia se caira na agua ou na quiçaça du córgo.

Passados uns 5 anos, voltou a pescar no mesmo local.Naquele silencio ouvia um insistente tic-tac.

Olhou pra cima e viu pendurado num galho o velho relogio já meio enferrujado.

Reconheceu o patolão mas nao atinava como ainda funcionava.

Depois, examinando e analisando descobriu que o relogio ficara enroscado numa reentrancia do tronco e encostado num galhinho que à medida que crescia ia dando corda no bicho.

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Essas historias so têm sentido pra gente que conheceu as pessoas e as circunstancias. É o caso da sua \"cavalgada\" com o Cido ou da \"Minha rua\" do Paulo.

É legal escrever. Tambem gosto. Comparo esse passatempo tão saudável e relaxante como uma pescaria. O tempo voa e a gente desliga.

Abraços, té mais

Lucio.

Lucio

MARCO ANTONIO PEREIRA
Enviado por MARCO ANTONIO PEREIRA em 10/03/2007
Código do texto: T408158
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