Meu pai era poeta e gostava de presepada.

É verdade! Ele era um presepeiro de marca maior, estava sempre cantando, algo muito engraçado, ele dizia que era de sua autoria, as vezes

minha mãe duvidava e ele ficava muito bravo! Me lembro de algumas, por exemplo: Essa noite tive um sonho,

o pior de minha vida!

Vi um peixe fora dágua,

apostando uma corrida!

Vi um bode virar cabra.

E uma cobra curta e comprida!

Tinha outra também muito engraçada:

Ô! lero lero,

venha vê o que me fizeram!

Jogaram sebo quente no cabo do meu martelo!

Sei que é uma besteira, mas é só pra lembrar meu pai que estaria fazendo hoje,149 anos! Verdade! Ele quando casou com minha mãe tinha 76 anos, morreu em março de 1953 com 89 anos.

Tenho muita coisa dele no que consegui depois, com os mais antigos da minha família, pois quando fui preso em 1964, como subversivo, pelo CENIMAR, levaram todos os meus pertences.

Outra hora eu conto. Um abraço.

Agreste Cilva e Leolino Antonio da Silva
Enviado por Agreste Cilva em 13/04/2013
Código do texto: T4239104
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