O faquir de amnésia

Num país muito distante,

muito além da indonésia,

existia um faquir,

que fingia de amnésia.

Sua vida sempre mansa,

de dinheiro enchia a mala.

Vivia deitado numa cama,

num canto escuro da sala.

Jurava ser esquecido,

ao visitante ou turista.

Sua cama era de pregos,

assim teimava o “artista”.

Só não esquecia a cobrança,

pois maior era o seu ego.

Duvidaram certa feita,

de sua cama de prego.

Que prego nada, seu moço!

Queria enganar os cegos.

Ele nunca furou o seu corpo,

pois de borracha era os pregos.