MARRONZINHO, FERNANDO HENRIQUE E A MACONHA
“MARRONZINHO CONFIRMA: FERNANDO HENRIQUE É MACONHEIRO”. Com essa manchete estampada no jornal “A VOZ”, o sergipano José Alcides de Oliveira, o popular Marronzinho (diretor-responsável do jornal), acabou preso e impossibilitado de disputar a eleição para prefeito da cidade de São Paulo, em 1985, contra seus adversários: Jânio Quadros (vencedor), Fernando Henrique, Eduardo Matarazzo Suplicy, Francisco Rossi, José Maria Eymael e outros.
Conhecido por seus mais de trinta processos, “Marronzinho” se afundou ainda mais, ao chamar o sociólogo Fernando Henrique de maconheiro que, tempos depois, iria se tornar presidente da República do Brasil Fernando Henrique.
-Foi Jânio Quadros que me incentivou a colocar a manchete. Esquivava-se o polêmico politico, para defender-se do processo.
Preso, Marronzinho acabou liberado, mas foi indiciado e respondeu inquérito por calúnias contra pessoa física.
Marronzinho ainda disputou a presidência da República em 1989 e não obteve êxito. Nas suas primeiras aparições na TV, o candidato se apresentava com uma tarja na boca para chamar atenção dos eleitores e todos os dias ameaçava retirar.
-Marronzinho, um dia vai falar. Anunciava num tom de suspense o locutor.
Ao retirar a tarja, Marronzinho sentiu-se á vontade e prometeu o fim do Vestibular, fechamento dos bancos privados por seis meses, um navio-presidio para prender todos os traficantes e estupradores e para aumentar sua popularidade, entre seus eleitores, Marronzinho gritou um dia na televisão.
-Vou transformar o Nordeste num Oásis!
Depois dessa lambança, a carreira politica do Marronzinho foi pelo povo abandonada.