Do Canal a Cabo “Nata Gel”: A VOLTA DO PEZÃO ASSASSINO (ou: “O RIO DE JANEIRO CONTINUA RINDO”)

Ninguém duvidava da volta do Pé Grande, a esperança que ria do Mal pelas antenas de TV.

Foi no mês de outubro, quando o plano nefasto da linhagem dos Iscariotes estava então centralizado em tentar colocar mais um infiltrado no poder, desta vez para levar a capital Rio de Janeiro à condição de Cidade Mais Ardilosa.

Caro leitor, caso você não ainda saiba sobre os espécimes Iscariotes, leia o texto sobre o Templo do Reino da Macedônia, que este seu amigo Tex publicou.

O fato é que as praias do Rio de Janeiro já vinham sendo cobiçadas por outro bicho de águas salgadas conhecido como Carocinho, que já era conhecido de outros tempos.

O Carocinho ameaçava os banhistas e surfistas não-politizados, e logo se alastraria com sua propaganda pelos morros e pelo litoral como uma dessas viroses de início de ano, ajudado pelos maiôs encharcados dos banhistas que viviam entediados com o clima político do ano 2014, cujo único antídoto era entregar-se às areias das praias da capital e se deixar embriagar com o balanço das mulatas de gingado estonteante.

Aliás, esse era o “estado” em que tinha estado o “estado do Rio de Janeiro”. Uma letargia que somente no linguajar do famoso "jogador-senador" poderia ser bem definida, quando em discurso chamasse o carioca de “peixe”.

Foi nesse clima de conspiração que o Carocinho fazia o contraponto com o infiltrado dos Iscariotes, o conceituado sonhador Craveras.

O sonhador Craveras quis deixar de ser apenas mais um cravo incômodo nos rostos sorridentes dos nobres do Templo da Macedônia, que achavam insuficientes os méritos daquele membro honorário da Corte e nele haviam incutido a ideia de que não bastaria ficar sonhando aquele tipo de “sonhado” federal. Não, o Reino da Macedônia precisava de mais, bem mais do que aquilo.

E o Rio de Janeiro parecia achar que a época do Pé-Grande deveria dar lugar a uma nova onda, pois havia uma espécie de comichão de duas possibilidades, que poderia ser a coceirinha do Carocinho ou uma espremidinha do Craveras.

Em qualquer desses dois casos, o Rio de Janeiro passaria a não deixar o Pé-Grande ficar marcando passo sem demonstrar "qual" realmente era a diferença que suas pegadas tinham deixado nas areias do tempo.

Mas, esses dois desafiantes não contavam com a astúcia do Pé-Grande.

O fato é que, pelas antenas de TV, o Pé-Grande exalou o odor da democracia (que os dois adversários principais acusavam de ser apenas chulé), numa hipnótica onda que fez valer a tática da publicidade marqueteira.

O primeiro a cair com a tática odorífera do Pé-Grande foi o adversário Carocinho.

O Carocinho não estava preparado para encarar um Pé-Grande revigorado e bem preparado para levantar uma onda gigantesca como aquela, capaz de cobrir o Pão-de-Açúcar e se espalhar como um vagalhão por todo o estado que tinha estado em estado de letargia.

Ao mesmo tempo, o Carocinho ainda teve que enfrentar o Craveras a lhe cravar tudo quanto era comparação com um tumor qualquer.

Mas, o Pé-Grande passou mesmo a ser acusado de assassino de sonhos quando esmagou o Craveras debaixo da sola.

Num segundo turno de arrepiar, o povo do Rio de Janeiro livrou-se (mesmo sem saber) de ter em sua capital um novo templo erguido com paredes feitas com barras de ouro legítimo e com finalidade de ofuscar o Cristo Redentor.

Também o Rio de Janeiro continua rindo, sem saber exatamente por quê.