"CONSELHO SUPERIOR" DOS CARA-PÁLIDAS!

O slogan de uma frase só na campanha de Dória foi o "Não sou político, sou gestor!" Convenceu até reticentes paulistanos, que impulsionados pelo latente sentimento de repulsa ao 'Partido dos Adoradores de Lula' — as pesquisas davam como certa a ida de Haddad ao 2º turno —, conferiram ao apadrinhado do governador (à revelia de tucanos de alta plumagem), os improváveis 53% dos sufrágios. Uma ascensão meteórica que surpreendeu os tais influenciadores institutos de pesquisa. Tal movimentação, o êxodo das intenções de voto, começou na 5ª feira (29/09) e no dia 2/10...Bingo! Ganhou! A inédita decisão no 1º turno, nos poupou de votar no próximo dia 30. Para muitos, uma lástima, nada a ver com civismo; apenas um domingo festivo a menos. E alegria é conosco, sempre!

Por enquanto e até prova contrária, quando assumir, o prefeito eleito ainda é um "poste-empresário", do padrinho Alckmin. Na semana passada, Dória anunciou O "Conselho Superior" que me transportou àqueles conselhos dos sábios entre os indígenas, reunidos na taba do cacique de plantão. Os ilustres convocados, incluso o todo pimpão Maluf, que no passado, adotou um poste para chamar de seu, o finado Pitta. Os ex-mandatários municipais, emprestarão sua experiência, muitas vezes questionável ou outrora danosa à nossa maltratada cidade. E pensando bem, é melhor trabalhar em grupo: quaisquer erros/falhas mais graves, um culpa o outro e o outro culpa o um! O carrancudo Serra, vacila. Fala que não quer...querendo! Um passarinho nos soprou que o eterno-candidato-para tudo, está de olhos gulosos e pretensiosos em 2018 — ensinar o caminho das pedras para Dória, seria prestigiar e fortalecer o natural candidato Alckmin à presidência.

Data máxima venia, temos acesa na memória, as indefectíveis trocas de insultos, maledicências e golpes abaixo da linha da cintura desferidos entre os postulantes ao cargo. Um mexia na gaveta do outro! Na época, em diferentes composições nos maçantes debates, parecia o teor do sugestivo poema 'Quadrilha' de Carlos Drummond de Andrade. E Marta que insinuava que Kassab que..., Erundina que... Maluf que..., Serra que... Haddad que desdenhava Dória que...riu por último!

Em meio à transição, os partícipes do tal "Conselho Superior", irão sugerir nomes para o secretariado ou reivindicar autoria de obras que um disse que fez e o outro diz que não...e vice-versa? A nomeação do global Boni para a secretaria da cultura seria como um para-quedista expert em vinhos, para a cultura do entretenimento e assuntos televisivos, que é sua especialidade? E para a nossa triste e deficiente Cultura própriamente dita, não seria um retrocesso? O agora octagenário, que já foi todo-poderoso da 'Vênus Platinada', deve conhecer São Paulo tão bem quanto um paulistano que nunca foi ao Rio e se transfere para lá.

Nos resta o otimismo e inquebrantável fé para a real competência do novo staff da prefeitura. O ideal seria cada macaco no seu galho, com a meritocracia sobrepujando a mera distribuição de cargos aos apaniguados e...amigos! São Paulo não suportaria mais um quadriênio em estado de letargia e de equívocos. Regra geral, conhecemos bem o roteiro de todo eleito quando ocupa o assento de mandatário: à la Jânio Quadros, desinfeta a cadeira, cai na realidade e passa um ano reclamando da situação deplorável que herdou do antecessor; mais um ano se preparando para uma eventual reeleição; trabalhar que é bom, só 2 anos...se muito!

Nutopia
Enviado por Nutopia em 27/10/2016
Reeditado em 27/10/2016
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