O dia que o Luciano Huck foi sequestrado

Coisas venham a mim, uma noite de verão, chuvosa. Aconteceu o que ninguém esperava, pois bem o Luciano Huck chegou na casa dos meus avós, minha avó chama-se Íris, baixinha, gordinha, olhos castanhos, usa óculos e é a senhorinha mais falante que eu já vi em toda minha vida, tanto que não conhece o ponto final, isso se deve aos seus 70 anos de história.

Meu avô, Jose Maria, vulgo Índio não fica para trás nas historias é cada uma que saí de baixo, então, Luciano Huck pulou o muro da casa e deu de cara com os cães que o atacaram bem no meio do nariz, no qual ele ama, pois quem tem o nariz, não precisa de um tanquinho, minha avó foi logo pensando, lar doce lar, em fim ele chegou, para concertar a minha casinha, mas mal sabia ela que ele fugira de uma cabaninha, da qual havia sido mantido em cárcere privado por um anão albino, fã do Raul Seixas... Só tocava Raul o tempo todo.

Minha vó correu em direção a ele para ajuda-lo, meu vô deu uma vassourada no cachorro que ele voou longe. O Luciano começou a gritar:

_ Loucura, loucura, loucura!

Tanto tempo ouvindo Raul, ficou meio atordoado. Minha vó perguntou:

_ Você veio arrumar minha casinha?

Ele só conseguia responder:

_ Anão, Anão, Anão...

_ Como não? Eu espero a sua vinda já faz 84 anos! (vó)

_ Raul, Raul, Raul...( Luciano Huck)

Minha avó ficou tão brava que pegou uma vassoura, não só deu algumas vassouradas nele, como também falou:

_ Não quer ajudar, não ajuda! Mas agora vem aqui chamar o Raul, na minha casinha, saí pra lá!

E assim o Luciano Huck, nunca mais foi visto, dizem que ele deixou a barba e o cabelo crescer e começou a fazer cover do Raul Seixas, o show era bem peculiar, enquanto ele cantava seu ajudante um anão albino atirava facas, em um bar em Barra Mansa, interior do Rio de Janeiro.