CASOU E NÃO DEU NO COURO

Você pode até me taxar de antigo, conservadorista, antiliberal, regressista, tradicionalista, anacrônico, reacionário, convencional, conservador, quadrado, saudosista, passadista, caturra, atrasado, obsoleto, arcaico e antiquado. Mas, chego a cerrar o punho e soquear o tampo da mesa, enquanto brado um grito de indignação, externando meu sentimento de repúdio e discórdia com a desordem reinante em nosso convívio. Conheci o moleque ainda criancinha. O tempo passou, ele cresceu, namorou, noivou e casou. Casou no duro, no padre e no papel. A festa rolou noite adentro. O sol já brilhava o noivo juntamente com certos convidados continuavam a confraternização. A noiva cheia de desejos ousados e aflorados, à vontade escupida no corpo, tinha em mente à hora pra começar e sem pressa de terminar a consumação material do casório, ou seja, a sonhada defloração com a perda da donzelice. O pancadão não dava trégua, o noivo bebia e dançava com os amigos sem perceber que a noiva nutria o desejo do acasalamento. Como nem noiva é de ferro, ela se aproximou do neófito senhor e, com o dedo ríspido na cara dele grita: - Estou indo a procura de um macho que me..., de você não espero mais nada! Este, tranqüilo e feliz entre os amigos respondeu: - Deixa de egoísmo, arranja dois, eu também preciso de um!