Comi e bebi o que quis, mas depois...

Há dias em que eu atendo ao meu desejo de comer o que quiser. Podem falar mal dos big sanduíches, esfihas, quibes, pastéis, ou do que for, mas eu não resisto e vou até as tais casas. Ontem foi um desses dias.

Eu não havia feito nada para almoçar, então me aprontei e fui para uma das mais famosas. Mal entrei já escolhi uma mesa bem perto da entrada. Adoro ver os transeuntes. Primeiro quis tomar um chope, bebi aqueles goles com prazer, a tarde estava agradável. Depois pedi uma esfiha de queijo e uma de espinafre, um quibe recheado, uma coalhada seca, uma porção pequena de homus, meia de quibe cru com tudo de direito:- cebola, cebolinha verde e um galho de hortelã. Pão árabe? Também! Saboreei tudo bem devagar. Daí, eu pensei numa sobremesa e escolhi um doce de gergelim. Quis também que embrulhassem mais duas esfihas, para viagem. Arrematei com outro chope !

Pedi a conta e ela veio dentro da famosa capa de couro. Conferi tudo, coloquei meu cartão dentro da capa, e o garçom se encarregou de ir ao caixa. Logo depois, chegou à mesa o gerente que, após me cumprimentar, disse-me que eu não poderia pagar a conta com aquele cartão. Fiquei indignada porque já havia visto que aceitavam o que eu tinha. Perguntei o porquê e ele me respondeu:- O cartão da senhora é do INSS. Tive que ir até minha casa e pegar o cartão adequado. Mas não me abalei, já havia comido e bebido o que queria, e moro bem perto.
Deyse Felix
Enviado por Deyse Felix em 04/08/2017
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