Idris Alba será o próximo Thor

Uma das minhas raras musas aqui do Recanto insinua que eu deveria escrever um texto leve, mas instigante. Então. parafraseando Milan Kundera, escreverei sobre a insustentável leveza do racismo.

Pessoalmente gostaria de ter a aparência do Brad Pitt. Seria respeitado sem precisar matar um leão por dia pra ser famoso.

Meus filhos não sofreriam o peso da conscientização de que seguiriam os passos da vassalagem inferior. E que não seriam vitimas da grande e verdadeira marginalização da própria raça.

Silvio de Almeida não fez nada mais menos de ctrlC/ ctrlV de teses escritas por grandes intelectuais sobre o racismo estrutural.

Deve-se notar que que ele, ao menos foi o único intelectual brasileiro que trouxe a tese a tona (!!). Como somos uma nação de intelectuais ctrlC/ ctrlV, isso não me espanta.

Vejo que a difusão de idéias e o debate sobre elas estão condicionados ao ciberespaço. E como escreveu Umberto Eco; "a internet deu voz ao medíocre". Negros e brancos ganhando dinheiros nos seus canais iutubianos. E aí, é um "chove no molhado" só.

Sabemos que a meritocracia é exercida pelo nepotismo das elites brasileiras. Mesmo assim, alguns como o grande juiz Joaquim mostram o valor do intelecto, tendo que se valorizar pela glória de ser negro. Não preto.

Todas as ondas tem como ponto comum a inclusão do negro (considero que a palavra preta designa côr. Negro é a raça designada antropologicamente) no mercado de trabalho. Mas, o que querem mesmo é mais espaço na industria marqueteira. Então passamos a ver mais negros e pardos na industria do audio visual.

É aí que entra minha medíocre menção ao romance de Kundera.

Ao tomar consciência de que a sociedade negra estava sempre em posição submissa em relação ao mundo dos caucasianos (branco é côr. Caucasiano é raça), líderes, tanto negros como caucasianos resolveram eliminar esse desequilíbrio. E, lentamente (pro meu gosto) mas firme, a humanidade está conseguindo. Isso é mais um passo para a grandeza das sociedades.

E aí, vem os marqueteiros, no intuito de mostrar às crianças negras que seus pais nunca foram considerados de classe inferior por etnias em certos momentos históricos, impor aos intelectuais boçais de que a sociedade aristocrática britânica do século XVIII (1700) era composta também por negros!! O digno leitor poderá ver isso no seriado Bridgetorn.

Denzel Washington está cotado para o Oscar de melhor ator por sua interpretação em Mcbeth, que foi um tirano de origem viking normanda.

Que tal se a Carolina Dieckman interpretasse Chica da Silva?

Certa vez escutei um debate em que um antropólogo disse que não seria crível que os negros fossem os criadores da feijoada, devido a quase nenhum acesso aos ingredientes. Sabe-se que isso era feito pelos colonizadores que copiavam o "consulé" francês.

Um dos participantes acusou o antropólogo de tentar apagar a cultura negra. Ainda bem que ela não disse "a cultura preta".

Quando grande parte da sociedade negra aplaudem essa míope e estereotipa inclusão de negros nos fatos históricos como os protagonistas principais, não estão apagando sua memória? É lamentável ver atores serem tratados como camaleões.

Então pergunto se esses negros realmente têm intenções de engrandecer a humanidade ou se são oportunistas de plantão junto aos seus irmãos caucasianos?