A Mulher Fantasma da Ilha Fit - Capítulo VII - Onde Damos Uma Dose de Sexo e Violência.

Não me perguntem como, seus maníacos! Não me forcem a relembrar daquelas imagens! O fato é que Juvenal saciava seus instintos com o pobre caracol. Era um atraso grande, o infeliz não fazia sexo em três dimensões havia anos. Anos! Isso mesmo! Pobre caracol... Vocês não fazem idéia. Não suportando mais os gritos de prazer do ensandecido Juvenal, corri para longe. Dobrei à direita em uma moita e dou de cara com quem?

Engano de vocês... Era o miserável do Pajé.

- E aí, Missifio? Como lhe vai?

- Oi, Pajé.Tudo em paz. E a família, em casa todos bons?

- Assim, assim, Missifio. Como Deus consente. Que faz por estas bandas, Missifio?

- Pois não é? Passeando...

- Diz que é bom o exercício aeróbico...

- Pois então! Li sobre isso na Seleções.

- Viu a reportagem do Fantástico?

- Perdi!

- Mas que pena! E então, já encontrou?

- o quê?

- O que Missifio tá percurando, orelssa...

- Não sei, que mesmo que eu procuro?

- Ora, não me recordo!

- Pois se achar então não mexa.

- Prometo que não bulo.

E dito isso nos despedimos. Fui até o ponto mais alto da ilha, e de lá vi os nativos, sozinhos ou em pequenos grupos, procurando freneticamente a mulher fantasma. De lá do alto percebi uma descida íngreme, que parecia terminar num abismo de rocha. Achei que não havia nada lá além de uma tremenda queda, mas mesmo assim me aproximei. Qual não foi minha surpresa ao constatar, chegando ao extremo, que havia uma pequena trilha pela qual se podia descer. Fui caminhando pelo estreito caminho, o que demorou um tanto. Por fim cheguei a uma praia totalmente deserta. Notava-se que era uma área nunca visitada pela tribo. O vento trazia o mar em ondas bem violentas, e uma jangada teria extrema dificuldade para partir dali. Fui em frente, e passando por uma reentrância da rocha, percebi uma... Caverna! Será que eu ia entrar na gruta da mulher fantasma? Não me xingue. O trocadilho é por conta da sua cabeça suja. Com o coração aos pulos, aproximei-me sorrateiramente. Saí da luz do dia e avancei por um corredor de pedra. Após uns dois metros, cheguei a um salão escavado pela natureza no interior da montanha. Ainda estava acostumando meus olhos à claridade reduzida, quando um violento golpe na cabeça lançou-me na escuridão total.