A filosofia da intriga

Creio que a intriga está inserida em todos nós. Assim como a hipocrisia e a capacidade de matar outro ser, sem fins de alimentação.

O exemplo está quando emitimos nossa opinião sobre política (este é o tema mais abrangente), exceto quando for ctrlC/ctrlV. Aquele que ler nossa opinião pode aceitá-la positivamente ou não. Como na maioria das vezes lemos/escutamos o que no nosso mundo cibernético chamamos de mídia, estamos sempre formando uma tese que transformamos numa opinião própria dirigida a terceiros. Guardada a analogia, isso é uma intriga velada.

Muitos aqui neste espaço "estão" intrigantes esclarecidos, considerando o inerência ao ser humano, descrito acima. Aqui também existe o intrigante absoluto seletivo. Este não faz análise ou se debruça conscientemente no assunto para produzir sua própria opinião/intriga. Esses drapeiam a bandeira que "mil mentiras vale uma verdade".

Temos o exemplo de influenciadores vestidos de filósofos que apregoam trechos de pensadores com suas teses de cunho pessoal que "sabem onde encontrar a felicidade e a perfeição humana". A priori, para esses, todos que não se enquadrarem em sua "filosofia" estão destinados ao nono circulo do Inferno de Dante. A intriga absoluta definitiva é a opinião deles.

Vejo semelhança no palavreado desses absolutos e os vendedores de terrenos celestiais. Produzem parágrafos e mais parágrafos com termos acadêmicos/bíblicos incompreensíveis para a "maioria que não tá nem aí" e/ou criando situações de "crise de reputação" onde percebem onde há numerário a extorquir.

É interessante notar que essa vãs filosofias de comportamento individual acabam sumindo na poeira da história, porque conceitos universais imutáveis dão equilíbrio a nossa arquitetura emocional.

Filósofos gregos com suas teorias existencialistas só enchem salsicha pra intelectuais agraciados com verbas governamentais. Já os filósofos que cunham a base sólida para a evolução e harmonização das sociedades (Platão, Spinoza e similares) são a pedra no sapato dos governantes. Na minha opinião o maior dos intrigantes foi Maquiavel.

Mrs. J.K. Rowling, criadora da saga Harry Potter está desafiando o parlamento escocês por se negar a reconhecer qualquer pessoa transgénero.

Jordan Peterson, psicólogo foi desclassificado do Colegiado de Psicologia canadense pelo mesmo fato. Peterson é um desses filósofos que extrai o ser do próprio umbigo e o obriga a ter responsabilidade com a sociedade. Aqui notamos a intriga institucionalizada em lei por uma minoria que assombra parlamentares que têm até medo do fantasminha Pluft.