Submersão
cala o mar de minha culpa inútil, nele adentro
provo minha descendência nas coisas últimas
ainda assim, silencioso, aceita-me
insisto, debato-me pela vileza e indignidade
em sua profunda calma, esse que me recebe
pede-me que serene
toma-me uma fúria muda que consome o fôlego
sem ar, bebo galões desse mar salgado, tranqüilo e taciturno