UMA BOCA, DUAS LINGUAGENS

Em mesma boca, às vezes, temos duas.

Uma delas profere amenidades,

Mas a outra só diz palavras cruas.

Uma trova, faz prece, em sã linguagem.

Porém, a outra carpe sujidades,

Ao léu, em grau de grã libertinagem.

Quando pensa, a primeira diz poema.

Com nosso amor, a sós, a vã nos rema.

Fort., 30/05/2009.

Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 30/05/2009
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