ONDE TU IMPERAS

(A certa dama deste orbe terráqueo)

Não te afeiam verões, invernos nem outonos,

porque tua beleza não se esteia, apenas,

em partes corporais, alheias à tu’alma.

Somente no teu cerne, já, estão teus tronos

– um belo reino, todo mensurado a trenas,

lá onde meu espírito repousa, em calma.

Das estações, a ti, somente a primavera.

Aqui tu reinas, pois, e aqui tu’alma impera.

Fort., 04/06/2010.

Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 04/06/2010
Reeditado em 04/06/2010
Código do texto: T2299764
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