CANTIGAS

CANTO I

Tuas mão ardentes

desfolharam pétalas do meu seio;

teus lábios ávidos

exauriram a doçura da mina boca;

tua espada cravada em minha raiz

desatou da seiva a fonte,

e eu refloresci

como a roseira podada em julho.

CANTO II

De porta em porta

mendiguei teu destino;

Na poeira da estrada

procurei teus passos;

Do topo dos montes

tentei vislumbrar teu vulto,

pois tua ausência doía

vasta e profunda...

Então descobri

que a ausência não existe,

enquanto a lembrança

permanecer feito um tesouro,

pulsando forte,

como um coração vivo.

hortencia de alencar pereira lima
Enviado por hortencia de alencar pereira lima em 12/10/2013
Código do texto: T4522210
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